sábado, 15 de dezembro de 2012

Nós - a turma do marketing - vivemos de fazer previsões e de buscar as suas confirmações na REALIDADE!!!


O ponto de interrogação foi a maior invenção gráfica. Somente quando o usamos podemos chegar a alguma conclusão.

Niels Bohr,disse um dia que "Previsões são muito difíceis, especialmente sobre o futuro..."

A frase é tão boa que para mim durante muito tempo parecia ser da autoria de Mark Twain, fazendo sarcasmo. Nunca poderia pensar no Bohr que era físico, mergulhado no estudo da física quântica que embora demonstrando o seu bom humor, falou com muita seriedade sobre esta questão de futuro.

Qualquer coisa que façamos ou empreendamos é uma atitude no presente que se projeta num futuro que antecipamos e que nos deverá ser favorável.


Fazer previsões é uma obsessão humana há milhares de anos. E as pessoas que fizeram previsões que se tornaram realidades ficaram para a História como sábios.

Os que erraram foram (ou serão) pouco a pouco deixados de lado.

Tales de Mileto, há 2600 anos, previu o primeiro eclipse solar para o dia seguinte, em 542 a.C. E como o eclipse ocorreu ganhou fama e prestígio e o primeiro lugar na lista dos 7 sábios da Grécia. E Tales pôde fazer muito mais, apoiado na fama de grande previsor e grande expositor de suas previsões.

Disse que a próxima safra de azeitonas seria um recorde, tratou de alugar todas as prensas de azeite da região e durante a safra a todo o azeite da região foi prensado pelo previsor que ia além das palavras.

No próximo dia 22 ou 23 de dezembro de acordo com os precisos matemáticos e astrônomos maias há a previsão de que o nosso mundo irá acabar.

Poucos acreditam nesta catástrofe, mas mesmo assim há milhares que estão preparados para enfrentar o anunciado fim do mundo.

EM QUE PREVISÕES SOBRE O SEU FUTURO VOCÈ TEM ACREDITADO?

Você poderia imaginar que a previsão de Stefan Zweig que nos anos 30 disse que o Brasil seria o país do futuro poderia estar se configurando agora em 2012?

O Domenico de Massi, que esteve no Brasil nos últimos dias, defendeu numa palestra na ESPM a que assisti que a maneira de ser do Brasil é o melhor exemplo a ser seguido - ou invejado - por todos os países do mundo.

Comparou o Brasil com "o resto do mundo" e nós nos saímos melhor (muito melhor) do que todos os demais. Tipo de "previsão" entusiasmante.

Uma sacanagem que fazem com os economistas dedicados a fazer previsões sobre os mercados é dizer que tanto eles quanto os meteorologistas se dedicam a fazer previsões sobre situações que podem ser sempre alteradas sem que nenhuma licença tenha de ser pedida a quem quer que seja.

E aí vem a sacanagem: Só que os meteorologistas podem sempre olhar pela janela...

E ver o que pode acontecer num futuro próximo, simplesmente olhando pela janela, quase ninguém pode fazer.

Há poucos meses houve uma infestação de lojas que vendiam sorvetes de iogurte. Todos acreditavam no sucesso de seu empreendimento. Em 2012 poucas destas lojas novas permaneceram abertas.

E como as iogurterias quantas outras atividades têm passado pelo mesmo processo?

Grande magazines históricos no Brasil foram à falência, grandes lideranças empresariais caíram do paraíso em que viviam substituídos por novos gênios de plantão que deveriam ter como UNICA CERTEZA que os tempos mudam sem qualquer compromisso com os sucessos passados do mesmo empreendedor.

Neste mundo mutante gente também muda radicalmente para entusiasmo de alguns seguidores de sua fase beta e imensa decepção dos "companheiros" de primeira hora que vêem o bom tempo cobrir-se de nuvens negras que só eles percebem.

Um dos primeiros presidentes de nossa república cunhou a frase "Confiar, desconfiando", que se fosse seguida talvez tornasse a vida menos prazerosa - pois a desconfiança tende a diminuir o entusiasmo seja pelo que for - mas ao desconfiarmos teríamos escapado das últimas grandes decepções que sofremos como povo.

O confiar, desconfiando por isto mesmo serve para tudo. Do marketing ao mercado. E com grande destaque para gente também.

Protágoras disse há alguns milênios de forma intrigante até hoje - e que poderá levar você a pensar por um bom tempo:

O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."

sábado, 1 de dezembro de 2012

Vamos criar uma editoria de EVOLUÇÃO e termos Darwin como patrono?







Todo mundo fala sobre o tempo, mas ninguém faz nada à respeito - é uma frase de Mark Twain gozando a nossa tendência de discutimos muito e fazermos pouco. A proposta hoje é a criarmos uma editoria de EVOLUÇÃO e darmos a ela Darwin como patrono.

Se a existência mais do que comprovada que há vida na Terra - dê um beliscão no seu braço e veja como esta afirmação é um axioma, que dispensa ser provado - não custa nada dedicar um pouco de sua atenção à evolução das espécies.

O Irving Stone tem um livro "The Origin" dedicado ao Charles Darwin suas vida, suas curiosidades, suas pesquisas em volta ao mundo no "Beagle", suas descobertas, os ataques que sofreu e as consequências de seus achados.

O Darwin, ainda na faixa dos 20 anos, levantou um vespeiro quando entendeu e escreveu que as espécies na Terra passavam por um processo de evolução contínua há milhões de anos.

E o grande choque: que nós homens e os primatas macacos éramos no mínimo "primos" produtos da evolução de antepassados comuns.

E ele ainda não sabia de nada sobre DNA, e nem podia saber que entre os macacos e nós há poucos genes diferentes. O mundo caiu na cabeça dele que era sempre representado pelos caricaturistas como uma mistura de homem e macaco.

Darwin sofreu o mesmo que Kepler, Copérnico e Galileu - trezentos anos antes - quando comprovaram e escreveram que a terra não era o centro do universo, e muito menos do sistema solar. E revelarem que afinal de contas o nosso planetinha não era esta coisa toda.

Num dia você dorme com a certeza de estar no centro da criação, com estrelas e planetas girando em torno da sua "casa" e no outro você se depara com a "verdade" do planetinha menor girando em torno de uma estrela menor num sistema planetário menor.

Esta hipótese já havia sido esboçada pelos filósofos gregos - que só eram chamados de filósofos porque a palavra cientista só seria criada no século XIX - que por alguma força misteriosa chegaram até ao medir a sombra de uma vareta ao meio dia em Alexandria e em Atenas constataram que o sol só podia projetar sombras diferentes porque a superfície da terra era esférica.

E calcularam com poucos quilômetros de erro exatamente o tamanho da Terra, que ficou registrado e esquecido por alguns séculos.

Na Grécia antiga era muito mais interessante imaginar que o sol nascia todos os dias e era puxado numa carruagem de fogo em torno da Terra para o nosso prazer e desfrute, desde que os deuses de Júpiter a Hélio não fossem desrespeitados, etc.

No fim da Idade Média e no início da Renascença caímos do céu e nos vimos enfiados com os pés na lama da Terra, e tendo de refazer todo o nosso raciocínio da relação com Deus.Um choque muito maior talvez do que se aparecesse por aqui um extraterrestre ao vivo e a cores falando - e o pior - mandando que fizéssemos isto ou aquilo.

A maior descoberta desta revolução foi que não mais seria possível fixar limites para os pontos de interrogação surgidos em nosso cérebro.

Pensar, como ficou provado, dói e pode doer muito mais, para desassossego dos que dedicam as suas vidas a cumprir rotinas inteiramente previsíveis e sem espaço para olhar para os lados.

Novelas de televisão promovem este incomensurável prazer para milhões e milhões de pessoas que durante meses, durante algumas horas vivem intensamente as vidas de personagens incorporados às suas próprias vidas.

As pessoas desprendem-se de seu habitats familiares e mergulham intensamente nas vidas de outras pessoas, ganhando mais vida em suas vidas, quase vivendo a vida deles as sutilezas de suas interações com outras pessoas.

E isto é muito bom, pois novos hábitos (bons e maus) se incorporam às vidas monótonas a que estariam boa parte destes milhões condenados até o último suspiro.

A filosofia, a ciência e a religião ocupando a mente de milhares de pessoas têm mudado o mundo e a maneira da humanidade se comportar em sociedade num ritmo alucinante nos últimos anos.

Se antes isto era obtido apenas em escolas, universidades, seminários por meio de livros hoje se tornou também possível pelos novos meios de comunicação.

Passe por uma banca de jornais e veja o que há para ver no mundo.



Os editores vivem da atenção que despertam em possíveis compradores ao abordar os temas pelos quais cada um deles mais se interessa.

Se existissem bancas de jornais ao longo de todos os milênios da evolução humana e estas bancas fossem de tempos em tempos recobertas por lavas "preservadoras" das sociedades por elas recobertas (como é o caso único de Pompéia conservada pelas cinzas do Vesúvio em benefício da nossa curiosidade histórica)não haveria muito espaço para as dúvidas criadas e vividas pelos pesquisadores de hoje.

Tudo isto, que seja bem entendido, num faz de conta livre e como todos faz de conta impossível como os inventados por Monteiro Lobato no Sítio do Pica-pau Amarelo.

Teria de ter existido a imprensa, a liberdade de imprensa, e a reunião das publicações periódicas em lugares certos - bancas, banquinhas e bancôes em condição de serem recobertos pelas cinzas congelando aquele momento da história.

Vamos sair das bancas históricas e chegar às nossas.

Não há assunto que possa interessar a alguém que não esteja "coberto" por alguma publicação.

Vou chegar à Internet mais adiante, pois a abrangência infinita da Internet existiu a partir das abrangências localizadas durante mais de um século apenas nas bancas de jornais da Terra.

OHH REI DO NARIZ DE CERA ONDE ENTRA A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES NESTA HISTÓRIA???


Aqui.

Sinta-se num grande restaurante em que são oferecidas todas as refeições do mundo.

Você vai ter de passar muito tempo percorrendo as páginas e mais páginas tendo de deixar de lado apenas as que despertam mais o seu apetite. Você vai ter de olhar os mais de 2 000 títulos que existem em média em todas as bancas.

Desde as revistas de notícia que oferecem a história em fatias temperadas pelos redatores até as revistas de celebridades onde você - juiz neutro e independente - vai entender o que torna uma pessoa uma celebridade cujos hábitos precisem ser compartilhados com todos está tudo lá a seu alcance.

Há as revistas ideológicas, religiosas, as que cobrem a filosofia, a psicologia , a história , as religiões mais diversas, as publicações sobre sexo, sobre reprodução, sobre educação, sobre viagens e entretenimento.

O que pode ser mostrado sobre viagens em veleiros em viagens em volta do mundo que interessem a quem faz estas viagens e aos zilhões de outros que querem apenas saber o que possa ocorrer nestas viagens?

A banca de jornais é o lugar onde, em poucas páginas, o mundinho do que você sabe se confronta com o mundo infinito do que você não sabe. Mas, que no entanto você pode saber.

Pode saber porque os jornalistas por definição em suas publicações dedicam-se a explicar todos os temas na medida de seus méritos para quer qualquer comprador entenda o que ali está publicado.

A banca não é a biblioteca nacional , nem muito menos a biblioteca do congresso dos Estados Unidos onde teoricamente estão conservadas todas as publicações sobre todos os temas. E naturalmente para chegar a lê-las seria preciso que cada leitor tivesse passado no vestibular do assunto abordado pelos livros.

Ler um livro sobre física quântica requer saber tudo sobre física, para poder entender como a física quântica desmonta o que você sabe e se presta a preparar uma revolução tipo terra centro do universo na sua cabeça.

Ler sobre física quântica numa revista comprada numa banca permite a você pelo menos se dar conta das dimensões da sua ignorância.

E o Darwin?

Ainda com vinte e poucos anos o Darwin conseguiu lugar num navio da marinha britânica para verificar in loco como as novas descobertas de fósseis e das várias eras geológicas estariam diretamente ligadas à nossa própria especie e como as espécies vivas existentes podiam estar relacionadas a todas as especies que as precederam.

Por suas origens religiosas Darwin deveria acreditar na versão das bíblias dos judeus e dos cristãos de que o mundo havias se iniciado por volta de 5 mil anos antes de Cristo com toda natureza formada (bichos, árvores e gente) sendo que nós homens tínhamos o privilégio de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus.

O Deus da Bíblia criou todo o mundo, mares, terras, e as estrelas do universo na mesma ocasião, ao longo de sete dias.

Desde Darwin e sua Origem das Espécies aconteceram coisas notáveis e surpreendentes. Criamos a civilização tal como a vemos reproduzida com nuances próprias em todos os cantos da Terra.

Viajamos ao espaço, inventamos medicamentos, descobrimos o que está por dentro dos átomos e mergulhamos em corpos celestes situados a milhões de anos luz da Terra.

Crescemos e nos multipicxamos até chegar a 7 bilhçoes de pessoas como nós.

MAS, DO MESMO MODO QUE VOCÊ NÃO PERCEBE QUE É A TERRA QUE GIRA EM TORNO DE SEU EIXO A CADA 24 HORAS, FAZENDO O SOL NASCER E SE POR A CADA DIA, VOCÊ NÃO PERCEBE QUALQUER EVOLUÇÃO DA NOSSA ESPÉCIE.

OU PERCEBE?

Se fosse colocado em julgamento este tema pela Internet com uma pergunta como :

Você acha que a humanidade está evoluindo ou regredindo? Sim ou Não

É quase certo que a voz da maioria seria pela involução da nossa espécie.

Os argumentos em favor das falhas humanas estão todos os dias no noticiário, assim como os motivos da evolução também estão.

Há um antigo ensinamento dos jornalistas que em português diz: Boas Notícias são Não Notícias , ou em inglês "Good news are no news!"

Seu problema e o meu problema: nós não podemos ver a Terra como um lugar distante com o qual não temos qualquer relação mais próxima.

A Terra em que a nossa espécie deveria seguir a teoria da evolução do Darwin é a ÚNICA que nós temos.

Portanto - diante desta evidência que torna todas as teorias como coisas menores - cabe a nós cuidar da observação cuidadosa da nossa evolução.

Em primeiro lugar da nossa própria e pessoal evolução, sob todos os pontos de vista.

Cuidadosamente registrada. Em seguida da evolução de nossa cidade, de nossa região, de nosso meio ambiente.

Mais adiante de nosso país e dos outros países.

Nos jornais há editorias para uma infinidade de temas, dos esportes passando passandom pela economia e tendo na política o foco principal dos editores.

Vou procurar criar no Almanaque a editoria da Evolução e ver se conseguiremos juntos dar vida a ela.

Você topa?





quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O mistério das antipatias e dos amores à primeira vista. Melhor acreditar que existem!

Antes ao abordar aqui no Almanaque o tema dos campos magnéticos e sua influência sobre nós levou a alguns leitores a desconfiarem da minha sanidade mental.
Vou juntar mais lenha a esta fogueira.
1. Ao fazer um eletrocardiograma, um dos testes mais simples da medicina, o doutor nos cola eletrodos em lugares diversos, liga a máquina (cada vez mais simples) e de imediato são registradas linhas diversas no papel que sai dela.

Toda aquela tecnologia serve para verificar se os nossos impulsos elétricos – tal como se nos fossemos peixes elétricos – estão dentro dos padrões para... manter a nossa vida sem sustos pelos próximos dias.

2. Esta mesma mensuração elétrica é feita no cérebro (eletro encefalograma) que vai medir nesta grande bateria que temos na cabeça se estamos ou não estamos dentro dos padrões esperados.

3. E poderia ser feita em todos os órgãos de nossos corpos.

Há muito mais à medir partindo destas simples evidências de ações elétricas geradas por nós mesmos e que há já algumas décadas estão sendo registradas e cada vez mais entendidas pelos médicos com o apoio dos engenheiros.

Estas observações servem de conforto para justificar atitudes minhas e de pessoas mais ligadas à mim em relação a pessoas que percebemos de cara que são extremamente negativas.

As ondas elétricas, ou eletromagnéticas, emitidas por eles e por nós não se coadunam, antes mesmo que possamos trocar alguma palavra. Pode ser amor à primeira vista ou vontade de que aquela pessoa não existisse se pudéssemos fazer isto apenas piscando os olhos.

É natural que seja assim pela simples necessidade do contraditório para que a vida valha a pena.



“Se todos fossem iguais a você...que maravilha viver...”


Muito bonito mas, ainda mais assustador.

Diante da uniformidade de admirações e rejeições a humanidade não teria muitas chances de viver e de sobreviver.

Por isto, mesmo depois de ter percebido – meio tardiamente – este fato, aconselho que você como eu se alegre quando encontra um avesso do avesso do avesso de você.

Há tanto a aprender com ele (ou com ela) quanto o que você irá gozar com gente cheia de sintonias com suas ideias.

Os políticos mais canalhas não devem ser simplesmente deletados sem ler. Entender o que eles defendem, as canalhices de que vivem, as explicações que dão vão fazer você mais forte.


É preciso não temer as suas reações viscerais tanto as negativas quanto as positivas.
Você nem ninguém é perfeito e em ambos os casos poderá ter grandes decepções, mas as decepções são lições para aprimorar a sua sintonia magnética.

Pena é que esta sintonia magnética-humana- visceral vá se aprimorando com a idade.

Melhor que seja assim, do que se não fosse em momento algum.

Não é de se estranhar que povos “primitivos” com pouco ou nenhum conhecimento científico sejam tão obcecados por sensações de que se defendem com amuletos, rezas e cuidados impossíveis de serem explicados racionalmente.

E dava certo. Quando menino Djanira, uma antiga empregada da família, vinda do Espírito Santo, costumava me benzer com matinhos num ritual de poucos minutos para me proteger contra olho grosso.

E eu não tinha do que me queixar na vida. As coisas darem certo passou a ser para mim, criança, a situação sempre esperada. Era bom demais e só não era ainda melhor porque não associava a benzedura da Djanira com os bons resultados.

Se associasse poderia ser muito ruim. Pois esta “indulgência plenária” talvez se transformasse numa perigosa arrogância diante da vida.

Ao escrever isto hoje fiquei com saudades da Djanira.

Gostaria de ganhar a força extra da sua proteção magnética milhares de vezes mais eficaz do que as armaduras que aparecem em filmes de ficção científica.

Vou recorrer às minhas memórias para estender a validade daquelas benzeduras para a data atual e também para pedir as Djanira que a estenda a todos que acreditem nestas coisas quer disse aqui hoje.


Conselho que sempre vale a pena seguir, enquanto isto : ame seus inimigos e transforme a suas energias negativas em recarga para as suas baterias!!!



terça-feira, 6 de novembro de 2012

Barack ou Romney? O que você entende sobre isto? E informações é que não faltam...








Em qual dos dois você votaria conscientemente?





Primeiro as coisas lá de fora e mais urgentes: O que será melhor para os Estados Unidos, o Barack ou o Mitt?

Em seguida, o que será melhor para o Brasil; melhor que os americanos elejam o Barack ou que eles elejam o Mitt?

E para o mundo? Mitt ou Barack?


Não há como negar as simpatias da maioria dos brasileiros pelo Barack, mas qual é a sua certeza de que estas simpatias não surgiram devido a um bem sucedido processo de comunicação de marketing?

Numa visão de “marciano” que nunca tenha estado na terra e fosse muito capacitado a entender qualquer coisa analisando apenas os fatos, é quase certo que ele diria que o Romney é mais representativo do povo norte-americano é do que o Barack.

E as pesquisas eleitorais um dia antes da eleição mostram este impasse do povo que tem a possibilidade de eleger um ou outro.

Convido você agora a mudar o foco das nossas dúvidas, vamos deixar os Estados Unidos de lado e vamos imaginar que haverá eleição para síndico de um grande condomínio de luxo em sua cidade: Como definir a quem você - que não mora lá, nem é vizinho - deve preferir?

O Zé ou Juca?

Um deles torce pelo Flamengo o outro pelo Fluminense. Você nunca esteve com nenhum dos dois, e só soube de suas torcidas porque leu uma notinha no jornal do bairro.

Aqui você pode dizer: tanto faz quem seja o eleito - com absoluta confiança e certeza . Tanto faz mesmo.

Vamos mudar o cenário novamente:

Você acompanhou meio entusiasmado a “primavera árabe” iniciada na Tunísia onde um camelô entrou no couro e acabou se matando depois de ter sofrido por uma violência policial. Coisa "normal" por lá já era a regra desde sempre.

Esta violência Transformou-se num rastilho de pólvora de desenho animado que saiu explodindo barris pelas margens do Mediterrâneo mudando governos “estáveis” que mandavam em seus respectivos países por dezenas de anos, sem qualquer contestação maior visível pelo resto do mundo.

Estranho, não é?


Todos nós brasileiros temos alguma relação com os árabes que eram chamados de mouros em Portugal.

Temos uma extensa herança cultural árabe – palavras como álcool, álgebra, revelam parte da nossa herança moura fruto da ocupação por eles da península ibérica por 800 anos, Isto ocorreu há quase 1000 anos...

Os portugueses foram “árabes” por 300 anos a mais do que o Brasil passou a existir. Um bocado de tempo.

Olhe para um português e identifique nele traços mouros, afinal eles estiveram em Portugal por 800 anosa. Não é sem razão que em geral nos damos bem com “turcos” – sírios, libaneses, palestinos, turcos , mesmo – que chegaram por aqui nos últimos 100 anos.

Mas, a não ser por estas aproximações históricas poucos brasileiros têm relações mais emocionais com os muçulmanos. Antes destes últimos acontecimentos havia uma marcha de Carnaval em que “Alá, meu bom Alá, manda água para IoIô, manda água pra Iaiá” levantava os foliões sem qualquer temor de reações de islamitas mais radicais.

Quando a “primavera árabe” surgiu já nos chegou simpática pelo bom nome e pela certeza de que finalmente estes caras deveriam fazer alguma coisa contra os ditadores (eleitos ou não) que mandavam naqueles países pouco se importando com o que acontecia com seus povos.

Qualquer pessoa bem formada não podia ser a favor dos Kadafis, dos Mubarack, do cara da Tunísia, do Iemen, da Arábias saudita, e de quem mais aparecesse na lista dos árabes malévolos.

Mas, como na eleição dos síndicos do condomínio de luxo, usado como exemplo no início deste texto, nem eu, nem você, nem ninguém que não estivesse envolvido nos países sabia como separar sem hesitações os mocinhos dos bandidos.

Quem garantiu o sustento dos egípcios que passaram semanas e semanas na praça Tahir?

Se você fosse para as ruas todos os dias o seu salário seria pago no fim do mês?

Nem se soube na ocasião exatamente contra quem protestavam: o Mubarack representava as forças armadas. Tinha sido piloto de caça e estava no poder há uns 30 anos...

Quando finalmente foi posto para fora foi substituído pelas... forças armadas
.

Seria como se trocássemos aqui um governo cheio de corruptos e mensaleiros representando por uma pessoa, e em seu lugar instalássemos a junta superior de seu mesmo partido.

Um absurdo, não é?

Mas, o que nós temos a ver com isto?

Eles que são “árabes” que se entendam, seria uma boa resposta.

Só tem que você e todos os que torceram pela “primavera árabe” deveriam acrescentar a seu vestuário um nariz vermelho de palhaço.

E o melhor é que ficassem com ele definitivamente na sua cara.

Sabe porquê?

Por que tudo o que acontece no mundo e nos chega incessantemente pela Internet, tvs, jornais e revistas é uma visão unilateral de alguém. Como dizia o detetive Hercule Poirot da Agatha Christie sempre fica faltando responder a uma pergunta chave : a quem interessa o crime?

Quanto mais distante de nossa realidade, mais difícil julgar sobre os interesses subjacentes a todas estas notícias. Pior ainda é se ver compelido a assumir partidos.

Quer mais algumas evidências?

Quem tem razão nesta questão das ilhas disputadas numa guerrinha – ainda diplomática – entre a China e o Japão?


E quem tem mais razão os russos que prenderam as mocinhas do conjunto “que desrespeita as leis russas” ou o mundo inteiro que quer vê-las livres continuando a fazer o que faziam? Aliás,. Você sabe o que elas faziam?

Há publicações a que você pode recorrer para tentar entender mais profundamente estas questões. Mas se fizer isto corre o risco de se tornar um chato irrecorrível.

Um papai sabe tudo que terá de entrar em conflito com todos que venham comentar alguma notícia, especialmente aquelas mais garantidas por uma áurea de politicamente corretas.

E para quê você precisa saber estas coisas?

Curta a sua vida em vez disto. Carpem diem! Isto não quer dizer que você se transforme num idiota completo que não consegue localizar o Brasil num mapa, nem saber de que lado fica a Ásia ou a Oceania. Ou onde é Moçambique ou com quem a Síria tem fronteiras.

Mas, a conclusão dura é que para ser um habitante da Terra “profissional” é aconselhável ter muito mais entendimento do que o obtido “apenas” pelos meios habituais de comunicação.

Há uma publicação chamada “Facts on File” que pode ajudar a você entender o mundo pelo menos umas 100 vezes mais do que qualquer pessoa “comum”.

Hoje, além da informação impressa ou transmitida em cada número, a referência precisa daquele mesmo assunto em números anteriores.

Qualquer notícia pela necessidade da informação abrangente e neutra cita a informação anterior e dá acesso a ela.

Os serviços de espionagem do mundo inteiro seriam bem mais confiáveis a seus governos se todos assinassem o “Facts on File” e agissem em função disto...

Há outros serviços destes, mas o citado aqui serve apenas para comprovar como o volume crescente de informações apenas nos ajuda a saber menos sobre o que de fato está ocorrendo.

Pena que não haja um “Facts on File” para o Brasil, para a sua cidade, para o seu bairro. Mesmo por que isto seria impossível.

O que é possível é você jamais abdicar de seu interesse em buscar a verdade por trás das notícias.


E de imediato botar para escanteio as pessoas, autoridades, políticos e jornalistas que tentem enganar você, tornando o nariz vermelho palhaço parte de sua apresentação no dia-a-dia , mesmo que as outras pessoas nem sempre percebam o nariz em sua cara.

Hoje, no dia da eleição nos EUA, às 17 horas, tenho a impressão que o OBAMA vai ganhar...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Veja Bem!...




Você está VENDO uma linha diagonal que só existe em seu cérebro. Esta "falha" aparente está em todos os nossos sentidos. O cinema, por exemplo, é a sucessão de imagens paradas, vistas rapidamente sem nos darmos conta disto...





Veja Bem!...


O nosso sentido mais ativo, pois começa a funcionar quando acordamos e só entra em repouso quando dormimos, não funciona como um robô com a função única de nos mostrar o mundo à nossa volta.

A visão - que sempre queremos ter nítida e precisa - vai além do que o olho enxerga.

Sabemos que o nosso instrumento óptico captura as imagens e as envia invertidas para o cérebro que além de nos permitir interpretá-las não invertidas já começa a fazer uma espécie de photoshop nelas.


A ilustração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul demonstra como as informações captadas pelos sentidos chegam ao cérebro. E o cérebro comanda as nossas reações,

Diante da imagem da abertura não há quem não enxergue uma linha diagonal separando as barras horizontais.

Na verdade esta linha é colocada ali pela lógica da visão. E não adianta não querer aceitá-la , pois é impossível racionalmente não querermos ver a linha diagonal. Ela é tecnicamente um contorno cognitivo. Uma linha imaginada e visualizada por nós, mesmo não existindo.

A visão é um sentido mais valorizado do que o tato, ou olfato, daí o choque ao constatarmos uma “falha” tão evidente nele. Mas, ilusões ocorrem em todos os outros sentidos isoladamente ou em conjunto nos levando a ter ilusões de percepção muito mais chocantes do que uma curiosa ilusão de óptica.

Errar é humano, já era um dito dos romanos que através do Direito Romano influenciaram a todos os povos da Europa na construção de suas leis.

As Leis por mais dedicadas à prevenção de todos os crimes e delitos sempre deixam espaços para a introdução de “ilusões de justiça” .

Os advogados dedicam-se a encontrar estas brechas legais e buscam criar a imagem mais favorável a seus clientes na interpretação das leis.

O crime pode parecer indefensável, mas sempre é possível apresentar argumentos que tornam as penas aplicadas a quem os comete mais leves.

Se admitimos a nossa falha evidente diante do que vemos com os próprios olhos, não mantemos esta atitude humilde em relação a outras falhas.


Admitimos que as ilusões de óptica nos levam a ver o que não existe. Mas, não admitimos que sejamos tão falhos em relação a outros juízos.

No seu “Discurso sobre o Método” Descartes faz ironia em relação ao bom senso , algo de que todas as pessoas se julgam altamente dotadas.

Todos se sentem capacitados a avaliar – pelo simples exame – o que é mais certo, ou mais errado.

Diz Descartes que há uma certeza tão extensa desta autossuficiência em relação ao bom senso que ninguém reza ou pede aos céus que lhes conceda mais bom senso. Pedem mais riquezas, mais felicidade, mais amor, mais garantias mas, em relação a bom senso não há pedidos a serem feitos.

Na religião católica há uma infinidade de santos dedicados a ajudar os fiéis diante de todos os problemas da vida, casamentos (Sto. Antônio), causas desesperadas (Sta. Edwiges), visão (Sta. Luzia) e assim por diante, mas não há um único santo ou santa comprometida em dar mais bom senso ao fiéis.

E a vida na Terra não ajuda muito a ter bom senso a partir da mera observação do que ocorre à nossa volta. Desde as coisas mais simples às mais complexas.

Nós todos vemos o sol nascer todos os dias no leste e o vemos se por no oeste.


Chegar à conclusão que o nascer e o por de sol são ilusões foi um dos grandes desafios para os seres humanos que resolveram contar esta história para os seus contemporâneos.

O Universo não girava à nossa volta. Ao contrário, a Terra era um planetinha menor que graças a Deus foi capaz de hospedar organismos vivos.

Pensantes como nós que somos bem mais pensantes do que outros organismos vivos “inteligentes” como os golfinhos, os macacos e os papagaios capazes de falar com perfeição qualquer língua humana...

A razão deste texto é – como enunciei com a imagem da ilusão de óptica – pedir a sua atenção para as suas possíveis falhas despercebidas por você no seu dia-a-dia.

Assim como existem as ilusões de óptica há a hipnose.

Há hipnose individual e há hipnose coletiva.


Um hipnotizado enrijecido sem perceber podendo servir de assento ao hipnotizador


Um hipnotizador pode dedicar-se a uma pessoa e promovendo o desligamento de seus sentidos fazê-la sentir um frio congelante, ou tornar o seu corpo tão rígido como uma tábua.

Quem aceita ser hipnotizado pode ter o seu corpo apoiado pela nuca numa cadeira e os pés por outra cadeira. E ficar tão rígido que o hipnotizador pode sentar-se sobre a sua barriga como poderia sentar-se numa tábua com absoluta segurança.

Um camelô do passado era um usuário da hipnose para vender aos transeuntes os seus produtos.

Antes de tudo criava algo inusitado para levar os passantes a pararem diante de sua banquinha.

Em seguida fazia uma demonstração precisa e fascinante sobre um benefício que não podia fazer parte das necessidades das pessoas em geral.Era algo surpreendente.

Demonstrava como com uma pequena peça de plástico era possível descargar verduras, cortá-las com precisão, montar pratos atraentes mesmo para quem jamais comesse verduras, e comprovar que aquilo tudo podia ser feito em um minuto ou dois.

Em seguida anunciava o preço absurdamente baixo daquele prodígio e já o oferecia para seus assistentes (disfarçados como transeuntes) e neste momento anunciava que além daquele produto, vendido por um preço tão reduzido, o comprador ainda recebia de graça um ou dois outros que podiam ser um abridor de latas, ou uma colher de medidas tudo isto colocado em cada saco de papel onde estava o produto principal.


Ficou hipnotizado?

A compra era o final de um processo hipnótico coletivo aprimorado a cada nova apresentação.

Hoje em 2012 não há grandes camelôs pelas esquinas das nossas cidades, os herdeiros de suas qualidades estão nos canais de televisão de vendas diretas, com restrições a seu desempenho, pois é preciso respeitar o Código de Defesa do Consumidor.

Mas, o efeito hipnótico do camelô não evoluiu apenas para os canais de venda direta.

Foi também visitado e inspirou os melhores profissionais da publicidade na criação de comerciais concebidos para obter reações positivas de outros telespectadores.

O mesmo ocorre com as malas diretas, e-mails, ligações telefônicas, mensagens no painel dos celulares e ...nas falas dos políticos.

O objetivo deste texto é fazer você se dar conta das prováveis falhas de seu bom senso e passar a olhar para tudo o que aqui foi dito para não se deixar levar sem questionamentos internos firmes em relação a qualquer coisa que desejem lhe propor.

Peço também a sua atenção para a lógica de convencimento trazida pela Amazon a seus clientes.

No momento em que o site da Amazon identifica você como cliente apresenta alguns produtos que pessoas que se interessaram pelo que você se interessou estão comprando.

Imagine um camelô com memória infinita que receba você numa loja e sem pestanejar diga exatamente a mesma coisa para você. Ele obterá o seu envolvimento imediato – quase hipnótico.

Novas vendas derivam deste “serviço” de informações alimentado pela mais sofisticada tecnologia da informação, pois ao identificar você como cliente a Amazon comparou o seu histórico de compras com mais de 100 milhões de outros clientes instantaneamente.

Quanto mais livros diferentes eu compre, mais profunda será a pesquisa para atender ao tipo de interesse que eu e meus semelhantes temos. Melhores serão as minhas compras futuras, melhor será o meu acesso a informações que me farão cada vez mais aprimorado no tipo de informação que valorizo.Melhores serão os negócios da Amazon.

Prestar atenção no que ocorre à sua volta sempre trará bons resultados. Fará você perceber ilusões de óptica antes de acreditar... piamente... nelas.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A publicidade tem por fim resolver os problemas do anunciante no momento em que é divulgada. Um exemplo da Paraíba, no século XIX... Cândida a criôla fula é uma prova com 150 anos de história...

Há uma boa coleção de livros tratando do início da publicidade no Brasil. O século XX é considerado o ponto de partida da boa propaganda que começamos a criar no Brasil devido a uma série de fatores favoráveis:

1. Crescimento do mercado interno
2. Aparecimento de mais jornais e revistas
3. Nascimento do rádio
4. Inauguração das primeiras emissoras de televisão

Claro que o crescimento das vendas no comércio está diretamente vinculado à proliferação dos reclames – como eram chamados os anúncios desde que começaram a surgir.

Mas, o Brasil chegou ao século XX já acostumado a ler nos jornais os anúncios de produtos, serviços e venda ou aluguel de pessoas. O Jornal do Commercio do Rio de Janeiro deveu os seus primeiros anos ao seu sucesso como mídia para atender às necessidades do mercado.

Num trabalho acadêmico de uma pesquisadora paraibana Roseane B. Feitosa Nicolau encontrei um anúncio classificado que tem o dom de nos levar numa viagem no tempo e nos possibilitar uma olhada no que bem poderia transformar-se numa novela ou filme de época.

No dia 14 de setembro do anno passado fugio do abaixo assignado uma escrava de sua propriedade, de nome Cândida, de 20 a 22 annos de idade, e com os seguintes signaes: criôla fula, boca grande, dentes limados e bem alvos, olhos grandes e muito vivos, estatura alta e não muito secca, e andando estalam-lhe as juntas dos pés; a referida escrava foi da Sra D. Joanna, sogra do Sr. Barbalho, da Serra d’Araruna, em cujo lugar tem ella pais, irmãos e mais parentes, e por conseguinte apoio, foi também ao Sr. Capitão Justiniano, morador na mesma Serra, que com ella fez pagamento n’esta praça ao Sr. José d’Azevedo Maia, a quem comprei-a. Em conseqüência de muitas recommendações e annuncios, foi presa em dias de junho no engelho Sucurú em Goianinha, província do Rio Grande do Norte, pelo proprietario de dito engenho, o Sr. Antonio Bento de Araújo Lima, que m’a remetteu sob a guarda de Antonio Felix de Lima,o qual pernoitando em Miriri no dia 13 de julho, ali a deixou novamente fugir.O mesmo abaixo assignado não só recommenda a prisão da referida escrava, como gratifica com cem mil réis a quem a pegar, e trouxer à sua casa nesta capiatal, rua das Convertidas. n.37. Parahyba, 2 de setembro de 1862. Antonio Francisco Ramos
(O Publicador, 3 de setembro de 1862)-


O que chama mais a atenção nesta peça publicitária publicada há exatos 150 anos:

1. A fuga da Cândida havia ocorrido um ano antes da publicação deste anúncio.
2. O Antonio Francisco Ramos descreve Cândida com muito cuidado fixando-se em alguns detalhes que devem mais do que justificar o seu empenho em reencontrá-la:

a. 20 a 22 anos de idade
b. Criôla fula – (o que será explicado a seguir)
c. Boca grande
d. Dentes limados
e. Bem alvos
f. Olhos grandes e muito vivos
g. Estatura alta
h. Não muito secca
i. Andando estalam-lhe as juntas dos pés

3. Conta a história da aquisição, da fuga e da prisão de Cândida em junho de 1862 no engenho Sucurú em Goianinha cujo proprietário Antonio Bento de Araújo Lima a prendeu e a remeteu sob guarda de Antonio Felix de Lima para o seu proprietário.

4. No caminho o Antonio Felix resolveu pernoitar em Miriri e no dia 13 de julho de 1862 a deixou novamente fugir.

5. Então o anunciante “abaixo assinado” recomenda a prisão da referida escrava e promete gratificar com cem mil réis quem a trouxer na capital da Paraíba na rua das Convertidas n.37 .

6. O anúncio saiu no jornal “O Publicador” no dia 3 de setembro de 1862


Uma criôla fula era originária de Cabo Verde onde a língua falada era o criolo uma mistura de dialeto africano com português em que têm origem algumas particularidades da fala brasileira como é o caso do “Modi”.

Modi fazer alguma coisa quer dizer “Para fazer alguma coisa”, sendo o “Modi” bem mais sintético.

Os Cabo Verdianos têm características de beleza bem especiais e a foto de Cândida, seguindo a descrição de seu proprietário poderia ser a da jovem da foto identificada no Google como uma beleza cabo verdiana.

A recompensa de 100 mil réis era em 1862 o dobro do preço de uma escrava de 18 a 40 anos.

Era um pagamento que tornaria quem se dispusesse a trazer Cândida de volta a casa de Antonio muito mais atento para evitar uma nova fuga.

Não há como descobrir-se o que aconteceu depois do anúncio, mas para isto há apenas duas hipóteses: Cândida ter sido devolvida a Antonio , ou Antonio não receber Cândida de volta.

Nos dois casos existem várias das situações dramáticas das 36 listadas por George Polti em 1916 em que você vai encontrar todos os plots para escrever qualquer novela, desde que tenha talento para isto.

Mas, no caso paraibano da Cândida é impossível não ceder à tentação de imaginar o frustrado Antonio ver um ano se passar e Cândida não dar o ar de sua graça. Em sua casa na Paraíba.

O pior foi a esperança em junho desvanecida pela desatenção de Antonio Felix que deixou Cândida, mais uma vez desaparecer sem deixar vestígio.

Algo absolutamente inacreditável para quem ao viajar pelo sertão olhasse em volta pois a presença de Cândida seria impossível de passar despercebida em qualquer lugar em que estivesse.

Cândida, sendo vista deste momento, 150 anos após a sua segunda fuga, parece bem mais esperta do que todos os Antonios que a cercavam.

O classificado no O Publicador venceu a barreira dos 150 anos e chegou até nós evidenciando quê forças regiam o mercado, a cabeça dos seus líderes e a certeza de que a publicação do anúncio não iria chocar ninguém.

Esta é uma grande função dos anúncios: revelam o momento da sociedade em que são veiculados.

Mas, que a Cândida devia ser uma beleza, atemporal, disso você não tenha dúvida...


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A MÚSICA É CELESTE, DE NATUREZA DIVINA E DE TAL BELEZA QUE ENCANTA A ALMA E A ELEVA ACIMA DA SUA CONDIÇÃO.... Aristóteles




A percepção da beleza da música é a melhor prova viva da existência de um Deus

Nós todos nos vemos como seres racionais, cheios de bom senso. Queremos acreditar somente no que pode ser provado e comprovado.

Coisas mais "sensíveis" decorrentes de sensações inexplicáveis pela via racional são sempre evitadas ou conservadas numa área menos nobre de nossa consciência.

Ficamos todos porém, tocados pela música.

Desde a "grande música" com intérpretes com status de semi deuses até musiquinhas mostradas em vídeos gravados no sertão com gente dançando animada sobre o chão de barro. Para dizer o mínimo.

A música é percebida e nos sensibiliza por outros meios, e instantaneamente nos atinge muito mais profundamente.

Isto está em perfeita sintonia com a obsessão do Almanaque pelos campos.

Um campo magnético criado por um imã - que você não vê, nem explica - é menos misterioso que o campo do encantamento musical, que afeta os nossos sentidos a todo o momento.

Não foi por acaso que Bach dedicou-se tanto à músicas sacra que tornou a sacralidade mais sacra do que qualquer pregação.

Tenho a mais profunda inveja pelos que sabem compor, sabem interpretar, sabem viver da música.

Se existe uma prova simples de que existe Deus basta você se deixar levar pela música que envolva a sua alma, você terá um novo prazer de viver.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tanta informação e você tem sempre a certeza de que sabe ... cada vez menos!


Lamento, mas é bem possível que nós todos deveríamos considerar esta roupa quando falamos sobre os milhares de fatos que estão longe de nosso entendimento.



Primeiro as coisas lá de fora: O que será melhor para os Estados Unidos, o Barack ou o Mitt?

Em seguida, o que será melhor para o Brasil, que os americanos elejam o Barack ou que eles elejam o Mitt?

E para o mundo? Mitt ou Barack?

Não há como negar as simpatias pelo Barack, mas qual é a sua certeza de que estas simpatias não surgiram devido a um bem sucedido processo de comunicação de marketing?

Numa visão de “marciano” que nunca tenha estado na terra e fosse muito capacitado a entender qualquer coisa analisando apenas os fatos, é quase certo que ele diria que o Romney é muito mais representativo do povo norte-americano do que o Barack.

Mudemos o foco das nossas dúvidas: vai haver eleição num grande condomínio de luxo em sua cidade: Para quem vão as suas simpatias – que não mora lá, não tem amigos no condomínio, não pretende morar na região nem muito menos ser vizinho daquele condomínio?

O Zé ou Juca?

Um deles torce pelo Flamengo o outro pelo Fluminense. Você nunca esteve com nenhum dos dois, e só soube de suas torcidas porque leu uma notinha no jornal do bairro.

Aqui você pode dizer: tanto faz com absoluta confiança e certeza . Tanto faz mesmo.

Vamos mudar o cenário:


Você acompanhou entusiasmado a “primavera árabe” iniciada na Tunísia onde um camelô entrou no couro por uma violência policial que por lá era a regra desde sempre.

A violência contra o cara foi um rastilho de pólvora de desenho animado que saiu explodindo barris pelas margens do Mediterrâneo mudando governos “estáveis” que mandavam em seus respectivos países por dezenas de anos, sem qualquer contestação maior visível pelo resto do mundo.

Estranho, não é?


Todos brasileiros temos alguma relação com os mouros, seja como herança cultural – palavras como álcool, álgebra, revelam parte da nossa herança árabe fruto da ocupação por eles da península ibérica por 800 anos. Isto ocorreu há quase 1000 anos...
Olhe para um português e identifique nele traços mouros, afinal eles estiveram em Portugal por 800 anos. Não é sem razão que em geral nos damos bem com “turcos” – sírios, libaneses, palestinos, turcos , mesmo – que chegaram por aqui nos últimos 100 anos.

Mas, a não ser por estas aproximações históricas poucos brasileiros têm relações mais emocionais com os muçulmanos.

Antes destes anos de mudanças havia uma marcha de Carnaval em que “Alá, meu bom Alá, manda água para Ioiô, manda água pra Iaiá” levantava os foliões sem qualquer temor de condenações pelos líderes religiosos maometanos. Daquela época ...

Quando a “primavera árabe” surgiu já nos chegou simpática pelo bom nome e pela certeza de que finalmente estes caras deveriam fazer alguma coisa contra estes bandidos que mandavam naqueles países pouco se importando com o que acontecia a seus povos.

Muito bonitinho, e irrespondível. Qualquer pessoa bem formada não podia ser a favor dos Kadafis, dos Mubarack, do cara da Tunísia, do Iemen, da Arábias saudita, e de quem mais aparecesse na lista dos árabes malignos.

Mas, como na eleição dos síndicos do condomínio de luxo, usado como exemplo no início deste texto, nem eu, nem você, nem ninguém que não estivesse envolvido nos países sabia como separar simploriamente os mocinhos dos bandidos em cada lugar destes.

Houve algumas dicas: como ganhavam o seu sustento aqueles milhares de homens – poucas ou nenhuma mulher – que geravam imagens de fúria “democrática” todos os dias na praça Tahir do Cairo?
Não seria ali acenando bandeiras e sacudindo os braços que cada um deles ganhava o dinheiro para manter as suas casas. Nem se soube na ocasião exatamente contra quem protestavam: o Mubarack representava as forças armadas. Tinha sido piloto de caça e estava no poder há uns 30 anos...

Quando finalmente foi posto para fora foi substituído pelas... forças armadas.


Seria como se trocássemos aqui um governo cheio de corruptos e mensaleiros representando por uma pessoa, e em seu lugar instalássemos a junta superior de seu mesmo partido.

Um absurdo, não é?


Mas, o que nós temos a ver com isto?

Eles que são “árabes” que se entendam, seria uma boa resposta.

Só tem que você e todos os que torceram pela “primavera árabe” deveriam acrescentar a seu vestuário um nariz vermelho de palhaço.


E o melhor é que ficassem com ele definitivamente na cara.

Sabe porquê?

Por que tudo o que acontece no mundo e nos chega incessantemente pela Internet, tvs, jornais e revistas é uma visão unilateral de alguém. Como dizia o detetive Hercule Poirot da Agatha Christie sempre fica faltando responder a uma pergunta chave : a quem interessa o crime?

Quanto mais distante de nossa realidade, mais difícil julgar sobre os interesses subjacentes a todas estas notícias. Pior ainda é se ver compelido a assumir partidos.

Quer algumas provas?


Quem tem razão nesta questão das ilhas disputadas numa guerrinha – ainda diplomática – entre a China e o Japão?

E quem tem mais razão os russos que prenderam as mocinhas do conjunto “que desrespeita as leis russas” ou o mundo inteiro que quer vê-las livres continuando a fazer o que faziam? Aliás,. Você sabe o que elas faziam?

Há grandes publicações a que você pode recorrer para tentar entender mais profundamente estas questões. Mas fatalmente você vai se tornar um chato irrecorrível.

Pois para entender cada casinho destes você tem de entender o contexto em que ocorrem.

E para quê você precisa saber estas coisas?

Curta a sua vida em vez disto. Não se transforme num idiota que não consegue localizar o Brasil num mapa, nem saber de que lado fica a Ásia ou a Oceania.

Mas, a conclusão dura é que ser um habitante da Terra profissional requer muito mais entendimento do que ocorre por aqui do que é possível saber pelos meios habituais de comunicação.

Há uma publicação chamada “Facts on File” que pode ajudar a você entender o mundo pelo menos umas 100 vezes mais do que qualquer pessoa “comum”.

Hoje, além da informação impressa, há o mundo da atualização on line – paga e bem paga – sobre todos os assuntos.

Para você ter uma ideia, cada informação nova tem a referência sobre a informação anterior sobre o mesmo assunto.

Qualquer notícia pela própria necessidade da informação abrangente cita a informação anterior e dá acesso a ela.

Os serviços de espionagem do mundo inteiro seriam bem mais confiáveis se todos assinassem o “Facts on File” e agissem em função disto...

Há outros serviços destes, mas o citado aqui serve apenas para comprovar como o volume crescente de informações apenas nos ajuda a saber menos sobre o que de fato está ocorrendo.

Pena que não haja um “Facts on File” para o Brasil, para a sua cidade, para o seu bairro. Mesmo por que isto seria impossível.

O que não é impossível é você jamais abdicar de seu interesse em buscar a verdade por trás das notícias.

E de imediato botar para escanteio as pessoas, autoridades, políticos e jornalistas que tentem enganar você, tornando o nariz vermelho palhaço parte de sua apresentação no dia-a-dia , mesmo que as outras pessoas nem sempre percebam o nariz em sua cara.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Horas ganhas e horas perdidas. Dias ganhos e dias perdidos... Carpe Diem enquanto pensa nestas coisas, é a dica deste Almanaque







Zanine dizia a seus alunos que quem conseguisse fazer uma boa e bela cadeira com as suas próprias mãos seria capaz de fazer casas.

Há pelo menos uns 20 anos “descobri” uma novidade que naturalmente não devia ser novidade para quem já atuava na área.

Uma bobagem aparente que chamou a minha atenção em todos os trabalhos e atividades que tive dali em diante.


Aqui está o taxímetro capelinha que registrava tudo: bandeiradas, quilômetros em que o táxi faturava e os quilômetros em que rodava vazio. Tremenda lição para prestadores de serviços...


Havia um ponto de táxi diante do Centro Empresarial em Botafogo e nele havia um único táxi que tinha um taxímetro analógico, da marca Capelinha, que exibia além do custo da corrida, uma série de outras informações numéricas, em números menores na parte de baixo do painel.

Eu perguntei ao taxista quê números eram aqueles.

Era um dos poucos taxímetros “dedo-duro” fabricados pela Capelinha antes da invasão dos taxímetros digitais. Nele apareciam os quilômetros rodados com o taxímetro ligado (com passageiro), os quilômetros rodados sem passageiro, quantas “bandeiradas” haviam sido dadas, e desconfio que outra contagem dos quilômetros com bandeira dois.

Um táxi operado por um empregado tinha ali no taxímetro o olho do dono o tempo todo em cima do motorista. Não havia como esconder os ganhos, nem a fonte dos ganhos.

Este taxímetro , já no limiar do desaparecimento dos taxímetros analógicos, não teve muito sucesso, pois não lembro de ter visto outros em atividade. E porque a razão de sua existência passou a ser eliminada pela simples cobrança da diária por parte dos donos de táxi aos motoristas.

Não precisava saber quantos quilômetros o carro havia rodado com o taxímetro ligado ou não.

O dono exigia limpos 100 reais ( ou equivalente ) por dia e toda a contabilidade ficava a cargo do motorista.

Mas, aquele taxímetro demonstrou para mim com dados fáticos o problema de como buscar a remuneração quando se prestava serviços: quanto se tinha de rodar com taxímetro desligado para obter os quilômetros rentáveis com o taxímetro ligado.

Com táxi, regularmente , a quilometragem rodada com passageiros era equivalente à quilometragem rodada sem passageiros.

Metade do tempo do tempo do táxi rodando nas ruas era sem faturamento.

Logo o faturamento com taxímetro ligado tinha de pagar os quilômetros rodados sem faturamento, garantir um lucro que permitisse não só a manutenção como a troca do carro depois de alguns anos. E o lucro de todos os envolvidos.

É curioso como algumas simplificações conseguem condensar em uma atividade apenas a chave de grandes mistérios em várias atividades.

Um amigo me disse um dia que o Zanine, autor de belas casas no Rio de Janeiro construídas com material de demolições – que não era arquiteto – deu aulas na Universidade de Brasília, na faculdade de arquitetura. Tenho a impressão que ele ensinava como fazer maquetes.

Mas, ele também pedia aos alunos que construíssem uma cadeira de madeira. Sem dar muitas indicações. A cadeira poderia ter qualquer formato. O que ele pedia era uma cadeira.

A cadeira tinha ser sólida, firme, não ficar bamba quando alguém se sentasse nelas. Tinha também de ser bonita, funcional e que pudesse ser copiada .

Quando o aluno apresentava o seu trabalho Zanine dava a nota e informava a eles que quem conseguia fazer uma cadeira com estes predicados seria capaz de construir uma casa, qualquer casa.


O Zanine, antes de ser reconhecido como arquiteto por sua obra construiu belas residências por que sabia construir cadeiras com perfeição. São Conrado e a Joatinga têm algumas destas casas em suas ruas.

Como ouvi esta história há muitos anos (posso estar exagerando agora, mas juntando a duas histórias – a da arquitetura e a do táxi) - acho que posso garantir que quem consiga administrar um táxi com as suas quilometragens e seus passageiros conseguirá também administrar uma empresa de serviços,

Convido você para visitarmos a nossa área do marketing.

Quando o profissional de marketing está com o taxímetro ligado e quando tem de rodar sem um passageiro pagando a corrida?

É claro que todo o fornecedor de serviços terá de rodar muito tempo, muitos quilômetros sem faturar um tostão sequer.

Mas também posso garantir que o tempo sem passageiros é essencial para obter passageiros para poder ligar o taxímetro. E ganhar dinheiro.


Do mesmo modo que o táxi sem passageiros deve rodar em regiões onde há maior potencial de atraí-los o profissional de marketing deve preferir rodar vazio em áreas onde haja mais possíveis clientes.

Congressos, seminários, cursos são óbvios. mas, outros ambientes diferentes podem ser tão propícios a achar “passageiros” quanto os mais óbvios.

Um mapa infalível para identificar áreas em que passageiros podem estar necessitados de “táxis” no mundo do marketing exigirá um bom feeling do profissional de marketing. Que poderia ser chamado de vocação.

Tenho uma regra cuja a precisão a cada dia me parece mais confiável.

Não há planejamento de marketing que tenha sido feito visando atender a necessidades diferentes das que vou citar a seguir.

As 9 necessidades humanas

 Ganhar Dinheiro
 Aprimorar-se
 Pertencer a um Grupo
 Economizar Dinheiro
 Economizar Tempo e Trabalho
 Ajudar a Família
 Sentir-se Seguro
 Impressionar os outros
 Ter prazer


A maior virtude objetiva de um profissional que se dedique à prestação de serviços deverá ser desenvolvida com a finalidade de manter o seu taxímetro mais tempo ligado.

Como será o “taxímetro” dele em relação aos quilômetros cobrados e os quilômetros com a bandeira do livre indicando o não recebimento de dinheiro?

É algo bem mais difícil de definir.

O tempo diante de um livro, as horas na Internet, a conversa com os amigos, o tempo relaxado para saborear refeições, beber vinhos, dar boas risadas, apreciar as coisas boas da vida tudo isto se faz com o taxímetro desligado.

E se você quiser imaginar uma espiada no inferno, pode ter a certeza de que ali só vai encontrar “hóspedes” de Satanás condenados pela eternidade a viver com o taxímetro sempre ligado.

Todo o prazer, ou pelo menos a maior parte dele não existe mais e esta seria a condenação mais terrível para qualquer ser humano.

Nós fomos agraciados com um cérebro bem superior ao uso que dele fazemos para sobreviver, e temos cada um nas suas respectivas cacholas algo muito mais poderoso do que qualquer supercomputador feito por alguém.

O nosso supercomputador não tem tecla para desligar.


Quando estamos acordados ele fica captando dados aleatórios, como a visão fugidia de uns pinheiros plantados diante de uma casa de subúrbio e imediatamente relacioná-los com outros pinheiros cuja memória estava guardada, sem nunca ter sido exigida, desde os tempos do colégio primário, onde havia pinheiros iguais a aqueles na frente do colégio em Copacabana.

O tempo para isto tudo acontecer foi menor do que digitar agora a palavra agora.

Esta massa tão poderosa não foi aprimorada geração após geração para nos dar tristezas, foi para nos possibilitar a vida com prazer.

Está comprovado que as pessoas que levam vidas mais prazerosas vivem mais.
.
Como a vida longa é desejada por todos, e a pior pena para os homens é a condenação à morte, fica aqui comprovado que a busca incessante do prazer é o grande desafio a ser constantemente buscado na vida.

Mas, se já vimos que o prazer sempre será buscado com o taxímetro desligado temos um problema a resolver: como definir as horas dedicadas ao taxímetro ligado e como definir que a hora não é para brincadeiras?

O nosso planeta desde que existimos gira em torno de seu eixo e nos faz sentir a sucessão de dias e noites.

A lua, também gira e torno do planeta e a cada 28 dias mostra a sua fase de lua cheia, demonstrando que há outras maneiras de medir o tempo. As mulheres em idade fértil seguem as fases da lua para revelarem-se abertas à fecundação de seus óvulos , o único ponto de partida para toda a evolução da nossa espécie durante alguns milhões de anos.

Estes ciclos naturais, dias e noites, fases da lua, e mais as estações do ano sucedendo-se a cada 12 meses inventaram a medição do tempo a que todos os povos aderiram. E aderiram não para imaginar as horas em que estariam com os seus taxímetros ligados, mas para limitarem as horas de prazer sem compromissos maiores.
Todos os povos que criaram alguma coisa que se possa chamar de civilização definiram que de tempos em tempos haveria um dia sem trabalhos, pelos mais diversos motivos.
Sempre que faço generalizações sobre a humanidade, brasileiro que sou, penso nos nossos índios. Tenho a quase certeza de que os ianomâmis, por exemplo, que há pelo menos uns 10 mil anos vivem “isolados” da civilização, não têm dias de descanso no que poderia ser a sua semana.




Aqui estão os ianomanis, que vivem no norte do Amazonas exatamente assim há mais de 10 mil anos e são muito felizes.


O mecanismo do tempo deles, preciso e comprovado como o nascer do sol, é a lua.
O dia do índio requer trabalhos os mais diversos entremeados com o que poderíamos classificar como diversões.

Tenho lembrança de descrições de amigos que os visitaram e dormiram em suas ocas que testemunharam que quando quando alguém tem um sonho marcante, acorda todo mundo e não espera a manhã para contar o seu sonho:avisa que vai contar o seu sonho e todos (os que acordam, naturalmente) prestam atenção ao que o sonhador conta.

Sonhos têm para eles significados muito importantes, coisa que descobriram bem antes de Freud se dedicar a estas coisas. Por isto ouvir os sonhos e interpretá-los recebe mais atenção por parte da tribo do que uma previsão do tempo de alta qualidade tecnológica numa emissora de televisão.

Eles consideram o sonho como base para interpretar o que irá acontecer no futuro.

O “taxímetro” dos índios destas tribos isoladas está sempre ligado, num módulo diferente do nosso.



Aqui estão borboletas amarelas em seu bravo esforço para preservar a sua espécie.


Me vi numa situação parecida com a dos índios, quer querem ouvir e interpretar sonhos quando sozinho do no alto de um morro, em dia de vento forte, prestei atenção a uma borboletinha amarela, sem muita graça, que veio do norte batendo suas asas com um esforço imenso e enfrentava um sudoeste capaz de virar veleiros pequenos numa baía.
Borboletas não assistem previsões meteorológicas.

Borboletas sabem das condições meteorológicas pois vivem e são parte do tempo.

Borboletas até prova cabal em contrário não ficam paradas, junto a outras borboletas fazendo comentários sobre o tempo.

Borboletas também não riem, não têm horas de lazer, não têm horas de trabalho. Ou melhor borboletas e todas as espécies vivas não humanas – vegetais, animais, bactérias, vírus – só têm uma atividade na vida: preservar a sua espécie.

A preservação de nossa espécie também é uma tarefa diária de todos os seres humanos, mas há muitos milhares de anos deixou de ser a nossa única tarefa.

Vamos de volta à borboletinha amarela. No meu pensamento humano tive de especular: quê esforço maluco deste inseto idiota para voar contra este vento terrível para não fazer nada!

E foi com esta especulação que cheguei ao máximo respeito pela borboletinha no contravento.

Ela está em plena tarefa de preservar a sua espécie, coisa que vem dando certo há alguns milhões de anos e só tem dado certo para borboletinhas amarelas porque bilhões de borboletinhas amarelas têm voado no contravento sem um comando institucional para fazer aquele esforço todo.

Milhões delas morreram durante este esforço que me pareceu inútil.

Mas, ao pensar nisto constatei que a borboletinha era infinitamente mais séria do que eu que estava ali apenas fazendo especulações sobre o seu esforço “inútil”.

Movida por algum campo de força a borboletinha fazia o que ela devia fazer.


Como as aves migratórias que se mandam todos os anos do ártico para os nossos mares orientadas por bússolas internas já percebidas por cientistas que desmontaram os seus cérebros em busca do segredo de seus voos de mais de 10 mil quilômetros sem mapas e até sem visibilidade do solo.

E os salmões e enguias que nascem nas cabeceiras de rios, descem até o mar salgado, e voltam para os seus rios de nascença anos após a partida para porem seus ovos enfrentando corredeiras, pescadores, ursos apreciadores de sua carne?

Nenhum deste bichos ao que se saiba dedica qualquer instante de suas vidas ao que poderíamos chamar de lazer. Não riem, não perdem tempo em bate papos (nem em leituras). Nascem, crescem, se reproduzem e morrem sem que nenhum contemporâneo animal cogite de registar a sua vida. É tudo a mesma coisa.

Na nossa espécie é que ganhamos (graças sejam dadas a Deus) tempo para fazer especulações sobre a vida e o que podemos fazer enquanto não cuidamos da pura preservação de nossa espécie.

Só vale a pena especular sobre estes fatos para que nos seja uma boa indicação para aproveitar melhor os nossos dias.

Em latim fica melhor: Carpe Diem!


O autor foi um poeta romano, Horácio, e a dica aparece no seguinte texto:

Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deuses
tenham dado, Leuconoé, nem recorras aos números babilônicos. Tão
melhor é suportar o que será! Quer Júpiter te haja concedido muitos
invernos, quer seja o último o que agora debilita o mar Tirreno nas
rochas contrapostas, que sejas sábia, coes os vinhos e, no espaço
breve, cortes a longa esperança. Enquanto estamos falando, terá
fugido o tempo invejoso; colhe o dia (carpe diem) , quanto menos confiada no de
amanhã.


Na tradução no verbete Carpe Diem na wikipedia.

O conselho de Horácio continua ainda mais válido hoje do que em Roma.

Vamos para mais perto de nossos dias.

Shakespeare, que por incrível que pareça era desprezado solenemente por Voltaire, que o considerava apelativo e ignorante, disse outra coisa no Hamlet:

“Life's but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage
And then is heard no more: it is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing.”


Tal como as borboletinhas amarelas que somem no seu esforço de voar contra ventos fortes Shakespeare acha que a vida não passa de uma sombra passageira, um ator medíocre que se esforça no palco. E de repente deixa de ser ouvido e não passa de uma lenda cheia de som e fúria, contada por um idiota. Sem qualquer significado.
O que fazer diante de tantos desafios?

Até onde devemos rodar com o taxímetro desligado? Até onde tentar fabricar a cadeira pedida pelo Zanine? Quanto tempo devemos dedicar à nossa busca por passageiros? E quanto tempo para observar o que acontece na Terra a que pertencemos?

O conselho de Horácio é até agora o mais sábio.

Para não nos empolgarmos com a Visão soturna de Shakespeare e acharmos que nada do que façamos vai valer a pena.

Aliás, para desfazer a grande aura do Shakespeare, nada melhor do que desligar o seu taxímetro e dedicar algumas horas ao Dicionário Filosófico de Voltaire.

Garanto que você vai se sentir melhor quando fizer isto.

Carpe Diem!





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Para pensar um pouco mais como esta história de campos está afetando sua vida AGORA



É assustador pensar como nós que nos achamos donos da Terra dependemos dos campos que a cercam todo o tempo


Quando se faz um exame de paternidade pelo DNA qualquer célula da pessoa investigada serve.

Pode ser o miolo de um osso, a saliva deixada numa xícara, um pedacinho de tecido do coração. Em qualquer lugar de um corpo humano, não interessa quê parte seja, o DNA é rigorosamente igual ao retirado em qualquer outra parte do mesmo corpo.

Nós, em função de nosso DNA temos certas vantagens fisiológicas.

Se nos cortamos, e deixamos fechar a ferida,e em alguns dias o corte cicatriza e se você tiver sorte um ano depois não haverá no local nem a marca do corte.

Há nesta historinha a narração de um milagre que por ser compartilhado por todo mundo, todos os dias, ninguém dá bola.

Quer ver?


A recuperação do corte se faz com uma “ordem” interna para que novas células da parte do corpo cortada se formem na ferida e reconstruam o que existia antes exatamente como as células que foram cortadas.

Se o corte foi num dedo as células recuperadas são as do dedo. Uma impressão digital – única para todos nós – irá se refazer como era antes do corte.

Ali não se irão juntar, por exemplo, células do olho, ou do ouvido, ou do fígado. A recuperação será com células do dedo, com a precisão que nenhum cirurgião plástico poderia conseguir.

A recuperação vem de dentro gerada por nosso campo que não vemos, mas suspeitamos que exista.

Assim como ocorre com um lagarto que tenha perdido o rabo. Se deixarmos o lagarto em paz, em poucas semanas um rabo novo, igualzinho ao que ele perdeu, estará no lugar.

O comando da nossa cicatrização e o comando para nascer um novo rabo no lagarto é o mesmo: campos de força melhor explorados nos próximos parágrafos.

Convido você para sairmos destes aspectos zoológicos , vamos a uma área sobre-humana.

Vivemos na Terra de que todos somos dependentes em tudo. Nos assustamos ocasionalmente com os “ humores “ de nosso planeta e é sobre estes humores que vamos especular um pouco...

Apanhe uma bússola de camelô de 3 reais e a coloque diante de você.

Se achar que a bússola de camelô é incompatível com a sua sofisticação tecnológica use uma bússola eletrônica de 1000 reais que poderia estar instalada no painel do mais luxuoso iate.

Ponha uma ao lado da outra e você será informado que o norte em ambas fica exatamente na mesma direção.

Atenção: o lugar do norte apontado pela bússola NÃO É o lugar onde fica o Polo Norte.

As bússolas indicam o polo norte MAGNÉTICO.

Um ponto que tem-se deslocado ao longo dos anos, na base de 10 quilômetros por ano em direção à Sibéria e ultimamente na base 40 quilômetros por ano.

Por isto as cartas náuticas têm a indicação destes deslocamentos para que os navios não se dirijam para lugares imprecisos . Embora estes deslocamentos de 10 quilômetros não mudem muita coisa a ignorância de sua existência tornaria toda a navegação imprecisa.

Com o GPS no carro localizando até a estradinha que nem está no mapa ou com o GPS instalado num petroleiro esta questão do norte magnético se tornou cada vez menos importante.

Mas – quem sabe? – esta história possa ser infinitamente mais importante do que imaginamos...

A força que promove e promoveu o sucesso da bússola desde que os chineses a inventaram está na capacidade de alinhar a agulha com o campo magnético da terra.

Mergulhe no mais profundo túnel de uma mina, puxe a sua bússola do bolso e ela sem se perturbar vai informar onde está o norte da sala escura em que você se meteu.

A Terra é um bolão de lava incandescente cheia de ferro em estado líquido que nos permite viver na sua superfície pois ao longo de uns bilhões de anos esfriou e se tornou rija, fértil em muitos lugares.

Há lugares onde você, mesmo sendo completamente alienado destes aspectos terrestres , em que vulcões soltam fumaça e tornam a vida impossível em suas encostas.

De vez em quando explodem destruindo tudo a sua volta.

É bom lembrar que se você com todo o empenho e dinheiro que possa arrecadar dedicar-se a cavar o chão aos seus pés onde você esteja (na praia de Copacabana, por exemplo) , quando chegar a uns 40 quilômetros de profundidade estará mergulhado em lava vulcânica como já vimos em uma porção de filmes sobre erupções apavorantes.

No Brasil não temos um único vulcão ativo nem registro de terremotos provocados pelo deslocamento de placas da terra sobre este mar de lavas que está por baixo de nossos pés.

O fato de não haver nem vulcões nem terremotos no Brasil não quer dizer que não temos um problema abaixo de nossos pés, não é?

Todo este recheio sob a forma de lava da Terra produz o campo magnético que é detetado pela agulha da bússola e aponta o polo norte magnético.

Mas nem sempre foi assim.


Há 780 000 anos, se você e as suas bússolas estivessem por aqui iria levar um susto quando fosse procurar o norte: a bússola estaria apontando para o Sul.

Você estaria testemunhando a inversão de Brunhes–Matuyama, a última inversão dos polos , um episódio que tempos em tempos ocorre na Terra.

Esta inversão dos polos tem ocorrido centenas de vezes na história do planeta.

Nós só sabemos que ocorreram através de indícios no alinhamento magnético existente nas rochas formadas quando as inversões dos polos ocorreram .

Como sabemos as idades das rochas e de suas mutações podemos dizer com absoluta precisão que os polos estão cansados de mudar de lado.

Como há 780 000 anos não havia raça humana inteligente, Ou mais inteligente, os nossos antepassados talvez não tenham percebido a inversão dos polos.

Mas, talvez tenham passado por mutações que também foram incapazes de entender.

O nosso escudo magnético que é demonstrado pela existência do polo norte apontado pela bússola também tem um superpoder: impede que os raios cósmicos intensos como radiação de aparelhos de raio x descontrolados atinjam a superfície da terra como os raios de luz do sol atingem todos os dias.

Como já existiam hominídeos há 780 000 anos e nós ficamos aqui para contar estas histórias é pouco provável que no período de inversão de polos a Terra desprotegida de seu escudo magnético vá permitir a liquidação da vida por excesso de radiação enquanto os polos ficam indefinidos.

A proximidade da inversão, com as medições do campo magnético perdendo a sua potência vai tocar um grande terror.

Se hoje já há pessoas apavoradas com o buraco na camada de ozônio imagine se perdermos o grande campo magnético que impede o bombardeio contínuo de raios cósmicos sobre a Terra?

Deveríamos buscar refúgio na caverna mais profunda e ficarmos por lá por algumas centenas de anos até obtermos um novo campo magnético em torno da Terra.

Grande pavor, causado não por algum objeto, alguma matéria, algum extraterrestre.

Todo este descontrole em função de um campo magnético que decidiu mudar de lado, sem que até hoje, se possa definir um motivo justo para isto.

Esta mudança do polo magnético já foi identificada há pelo menos 200 anos e ao longo destes anos nenhum cientista concluiu porque esta mudança estaria ocorrendo.

Daí o papel importante – vital – de entendermos um pouco mais esta questão de campos.

Somos prisioneiros e somos consequência dos campos mais diversos na Terra, mas entendemos muito pouco sobre eles.

Os chineses que estudam a terra com afinco há milhares de anos têm especialistas na análise dos pontos de força da terra.

Vindos de séculos de conhecimento que dificilmente pode ser considerado científico eles atribuem os problemas na superfície da Terra à ação dos dragões.

São fascinados pelos dragões, bicho que soltava fogo pelas ventas e estão em todos os lugares exigindo muito respeito das demais espécies.

Vi em Hong Kong um grande edifício residencial na Península, sua área mais nobre e mais cara, com uma grande janela de uns 6 andares de altura transpassando toda a largura do prédio para permitir que os dragões residentes nos morros por trás dele pudessem ver e acessar as águas da baía abaixo sem a obstrução danosa da construção humana.

Curiosidade chinesa?


Vá ser curioso gastando menos dinheiro.

Os apartamentos ali construídos são os mais caros da China (comprados em sua maioria pelos novos milionários e bilionários da antiga China) cuja ausência em tantos andares reduziu bastante a área construída .

O dinheiro não recebido por aqueles metros quadrados foi largamente recuperado pelos que tinham a certeza de estarem em paz com os dragões e as forças não vistas das energias da Terra.

O que fazer?


Preste mais atenção a tudo.

Há pessoas que aparentemente sugam as nossas energias com a sua simples presença.

Procure evita-las ou procure neutralizá-las.

Como? Não tenho a menor ideia.

Mas há muita gente buscando isto através de meditação, harmonização por imposição das mãos, atitude mental positiva, amor a seus próximos, atenção aos pequenos detalhes.

A mudança dos polos de lugar pode levar mais uns 100 000 anos e não teremos tempo nosso para chegar lá.

Mas, just in case, haja como se a mudança do campo fosse amanhã.

A vida, tenho a certeza , será muito mais divertida.




Aqui está uma visualização do quie será a próxima inversão dos polos




Ao criar - ou aprovar - material de marketing direto pense sempre em quem vai lê-lo. NÃO EM VOCÊ!

Há a piada do cara que era absolutamente apaixonado por si próprio. Ele se achava o máximo, achava que tinha o maior estilo, considerava as suas ideias as mais brilhantes e agia coerentemente em relação a isto tudo.

Numa ocasião, depois de falar sem parar com uma bela amiga que já se revelava chateada com todos aquela conversa em que o gabola não parava um minuto para falar de si mesmo, o cara teve uma percepção e parou a sua fala.

- Já falei muito de mim... Agora é a sua vez . O que você acha de mim?

É uma sacanagem que poderia ser aplicada a muita gente conhecida, não é?

O pior é que debaixo das primeiras camadas do bom comportamento social o autoreferente vai mostrar a sua cara.

Não existe pessoa no mundo mais amada por qualquer pessoa do que a própria pessoa mesmo. E esta realidade leva a todas as boas sacadas na comunicação do marketing direto como leva também a todas as grandes bobagens do marketing direto.

A REGRA SIMPLES DO NÓS X VOCÊ

Do mesmo modo que nos irritamos quando a pessoa que fala conosco se revela absolutamente centrada em si própria, nem pergunta se eu estou bem, a mesma reação irá ocorrer numa peça de comunicação em especial naquelas criadas para conquistar a adesão, ou o investimento, ou a simpatia de quem a recebe.

Apresentamos a você o produto xyz que nossos especialistas com xxs anos de experiência e y prêmios internacionais criaram para resolver tal problema.

Muito melhor do que isto é a fórmula gozativa do pessoal do Casseta e Planeta;

- Os seus problemas acabaram !

O tempo e a atenção que será dada aquela comunicação (on line, off line, ao vivo...) está sendo trocado pela expectativa da vantagem que será obtida ao longo do envolvimento com ela.

Não estou falando da leitura. Estou falando em envolvimento algo que vai muito além da leitura.

Tudo o que deverá ser visto pelo alvo de nossa comunicação deve contribuir para demonstrar das maneiras mais diversas e sutis que está valendo a pena prestar atenção ao que aquela mensagem vai me trazer.

(Continua em novo post.)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O desafio de transformar os melhores alunos nos melhores profissionais...








Meus caminhos pelo Mundo eu mesmo faço...
Gilberto Gil







O Homem é a Medida de Todas as Coisas...

Protágoras, um pouco antes

Eu desde 1974 dou aulas. Fiz isto com prazer, à convite dos que queriam saber o que eu fazia, E me sentia muito bem fazendo aquilo. Afinal era um reconhecimento de alguém do valor das coisas que fazia como profissional.

O resultado deste esforço são milhares de ex-alunos em centenas de lugares.

Na verdade, não comecei como "professor", embora fosse chamado de professor pelos que assistiam as minhas aulas.

Sempre fui um profissional de mercado, dedicado a escrever e criar com o objetivo de convencer os que deparassem com aquela "criação" a fazer alguma coisa.

Não dei aulas continuamente, nem nas mesmas instituições, nem para os mesmos alunos.

Dei aulas para alunos na graduação, para alunos no MBA para participantes de seminários e conferências e hoje tenho uma visão mais clara dos efeitos de minhas aulas na vida dos alunos.

Será que eles obtiveram algum conhecimento que valesse o seu investimento nas salas de aula de minhas matérias?

Será que as minhas "verdades" repetidas nestas décadas permanecem no prazo de validade até hoje?

E para mim, diretamente: Será que os meus melhores alunos se tornaram os melhores profissionais? Teria sido este o objetivo deles ao cursarem as minhas matérias?

Aqui vai a minha resposta que só poderia ser dada após a passagem de muitas decadas:

Meu caminho pelo mundo eu mesmo faço,
a Bahia é que me deu
Régua e Compasso.


Quando mais pensava no que passei ou no que inspirei os alunos mais meus neurônios me faziam ouvir os versos de Gilberto Gil.

A solução - o sucesso - sempre será o trabalho individual, pessoal , íntimo de cada um ou cada uma.

Mas, a Bahia tem de existir para dar a todos a régua e compasso.


Atenção: a régua e o compasso podem ser usados magnificamente pelos alunos enquanto alunos, mas só provarão o seu valor na hora do eu mesmo faço.


Tanto esforço, tanto tempo dando aula para concluir com um versinho de Gilberto Gil!

Para mim já bastava, mas ao escrever este texto me veio à cabeça uma afirmação mais antiga que continua tão verdadeira hoje quanto quando foi formulada:

O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."


Protágoras, um filósofo sofista é o descobridor deste conceito.

Se todos os fatos só são fatos se observados e registrados pelos homens é evidente que o homem tem de ser a medida de todas as coisas.

O bom profissional tende a ser descendente direto do bom aluno.

Mas, há um número infinito de bons profissionais que não passaram pelas escolas formais e um número infinitamente maior de alunos (bons e maus) que não se tornaram nem profissionais, nem muito menos bons profissionais.

Tudo isto, junto e separado, me leva sempre a pensar sobre a responsabilidade de ensinar e inspirar alunos. Sei que não posso ser as fonte de todos os conhecimentos que precisam ter, mas me esforço ao máximo para que tudo o que lhes passo seja bom para os alunos e não possa ser recusado pelos bons profissionais em qualquer ocasião.