sexta-feira, 22 de maio de 2009

Resistência às mudanças teria sido fatal ao gênero humano

Nós da espécie homo sapiens sapiens e o sapiens vem duas vezes, somos uns bichos mutantes. Somos na verdade os ÚNICOS bichos mutantes.

Esta história de que o cavalo surgiu do tamanho de um cachorro e chegou ao que é hoje não serve para provar mutação alguma. Eram cavalinhos pré-históricos e são cavalões atuais.

Nós não, deixamos mais distante o nosso lado primata e nos metemos - ao longo de pelo menos 200 000 anos - num processo de busca de novidades. Desde a novidade da fala, seguida milhares de anos depois - pela escrita.

Inventamos alfabetos, números, cálculos, vontade de prever o que nos reservava o futuro e nos debatemos no presente em relação ao que o presente realmente é.
Li uma frase do Faulkner em que ele jogava na nossa cabeça um conceito radical:
O passado nunca morre. Nem sei mesmo se o passado existe.

De certa forma já que agora temos cada vez mais acesso ao que aconteceu antes e estando diante das mudanças diárias na minha profissão - marqueteiro - quero aproveitar o Almanaque para falar sobre mudanças.

Antes de mais nada devo lembrar que sob o ponto de vista animal - de nossa espécie - não pode haver mal maior a priori do que dizermos, eu sou assim mesmo, o que eu posso fazer?

Se fosse assim ainda estaríamos vivendo como chimpanzés que vivem aparentemente felizes com a sua macaquice.

Nós herdamos dos milhões de avós que tivemos um cérebro que de forma descontrolada traz diante de nossa atenção milhões de informações que podem ou não podem ser correlacionadas entre si pela nossa inteligência.

Quanto mais palavras nós saibamos, quanto mais saibamos dos fatos mais esta cabeça infinitamente maior do que o nosso corpo será capaz de achar correlações.

Os que acham uma correlação mal definida ou mal observada pela maioria correm o risco de virar inventores (inventivos) ou aloprados puros e simples.

O que é preciso, e este é o aconselhamento desta nota, é fazer, é tentar, é buscar a maneira melhor mesmo que a turma em volta ache que o esforço não vale a pena.

Posso garantir que sempre vale a pena, inclusive quando não dá certo.

O sapiens em dupla não foi agregado ao homo sem motivo.

Sócrates que já se foi há mais de 2000 anos, incitava o que veio a se chamar a "dúvida socrática". É mais ou menos responder a uma pergunta com outra pergunta.

Um artifício muito mais eficiente do que dar uma resposta que não deixe espaço para a inteligência do perguntador.

E então?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Espanha inventa o teletrabalho, eu acho que vai dar certo

A Gazeta Mercantil de ontem publicou uma matéria com o título Trabalho à distância ajuda a atrair talentos.

Acho genial num momento do mundo em que as pessoas interconectadas poderiam tanto estar reunidas em salas de escritórios quanto ficar diante de seus computadores em suas casas fazendo exatamente as mesmas coisas, pelo menos na maior parte do seus dias.

A Espanha - e talvez não seja por coincidência - está vivendo a maior crise de emprego de sua história, o que seria um incentivo para ter mais teletrabalhadores do que trabalhadores formais com todas as despesas adicionais decorrentes nos escritórios , desde o cafezinho, às instalações físicas.

O risco do teletrabalhador é que a Lei do Menor Esforço jamais será revogada e trabalhadores não monitorados de forma consistente tenderão a relaxar.

Da forma como fazem os alunos, por melhores que sejam, quando o professor não lhes passa trabalhos que "valem nota".

Se não vale nota, não vale o esforço.

Agências de comunicação - até por sua tradição de contratar free lancers, anos antes de se imaginar teletrabalhadores - são o tipo de organização onde este processo pode começar a sério no Brasil.

Acho que falta um curso para ajudar os empregadores e os empregados a entenderem como fazer isto.

Alguém topa ?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Para você pensar, e talvez, repensar um pouco sobre este novo momento da comunicação

Neste nosso negócio de comunicação vivemos todos os dias o problema de obter da parte dos clientes e dos clientes de nossos clientes novas percepções da realidade.

Coisas mais antigas, como fazer as pessoas perceberem que o cartão de crédito estava inventado, que aquele cartão substituía dinheiro vivo, que com aquela identificação você podia viajar pelo mundo sem ter de levar a moeda local, ou converter a moeda que levasse no bolso a cada compra, etc. tudo isto mudou o relacionamento das pessoas com o seu dinheiro.

Se há 50 anos não havia a percepção das vantagens do cartão, pouco a pouco chegamos aos 200 milhões de cartões de crédito hoje existentes no Brasil, sem falar dos 400 milhões de cartões de estabelecimentos.

Nós, publicitários e marqueteiros mudamos a percepção da realidade. Não usar um cartão de crédito hoje em dia é algo impensável da parte de todos em condições de ter um.

Mais recentemente a Internet, o computador, a banda larga, o blackberry, todos geraram o nosso empenho em mudar a percepção da realidade de todos e a isto temos dedicado grande parte de nosso talento.

Os antenados são de forma bem simplista aqueles que mais rapidamente adotam e se beneficiam das novidades continuamente introduzidas em nosso meio.

O autor deste texto há muitos anos está envolvido no processo de mudar a percepção das pessoas pela técnica de convencimento com o uso de palavras.

E uma questão recorrente desde o meu primeiro texto tem sido a extensão que estes textos deveriam ter.

A dúvida quanto ao que seja melhor: texto longo ou texto curto para convencer a alguém a ter uma nova percepção sempre aparece e sempre irá aparecer.

Um indiano – cuja sabedoria passou a estar mais na moda entre nós com o apoio da Globo - disse uma vez numa reunião internacional de que participei que o texto devia ser como o cordão para fechar um pacote. Nem curto demais fazendo com que ele se desmanchasse, nem grande demais tornando o pacote feio, exageradamente amarrado, num incentivo para que o pacote não fosse aberto.

Achei ótimo e discretamente penso no indiano cada vez que escrevo um texto para convencer pessoas a terem novas percepções.

Agora vou pedir a sua atenção para um link The Motley Fool [Fool@foolsubs.com] em que – no mundo de hoje do século XXI, em plena crise mundial – você vai se deparar com o cordão mais comprido que terá visto em sua vida.

Detalhe, o pacotão amarrado por este cordão quilométrico é um e-mail que se fosse impresso chegaria a mais de 30 páginas, sem que você use os links deles e fique talvez uma manhã inteira nele, ESTÁ DANDO CERTO.

Como eu sei que está dando certo? Porque tem sido repetido e aprimorado a cada nova semana. É a minha percepção depurada já há mais de 12 meses de recebimento contínuo de e-mails deles todas as semanas.

Texto IMENSO dá certo, quando é bem feito!

Mas a propósito desta minha percepção quero compartilhar com você um cuidado.
Por sua própria percepção, ao longo de toda a sua vida, ao acordar todos os dias e ao ir para a cama todas as noites você percebeu que a Terra está girando em torno de seu eixo?

Ou você como eu e os demais habitantes deste planeta percebe “com absoluta segurança” que o sol nasce e o sol se põe enquanto você fica parado em sua cidade imóvel?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Parece que foi hontem. Ou não ?

Há 47 anos , em 1962, nesta data Teresinha e eu nos casamos. Tínhamos 21 anos, tivemos três filhos, perdemos um deles e temos dois netos, filhos da Patrícia, a filha mais velha.
Ao longo destes anos em paralelo às nossas vidas pessoais a História manteve a sua programação variada no Brasil e no resto do mundo.
Participei de alguns destes momentos ao vivo e a cores. Minha atividade de jornalista - com registro no Ministério do Trabalho em 1960, dois anos antes de casar - me deu o privilégio de testemunhar pelo menos até 1971 a história do Brasil de uma primeira fila.
Conheci presidentes, bandidos, intelectuais, cientistas e os entrevistei como repórter jovem, mas apoiado pelos meus sobrenomes jornalísticos - do Diário de Notícias, do Estado de S. Paulo, de Seleções.
Em Seleções, contratado aos 23 anos como talvez o mais jovem editor de livros da organização comecei a aprender sobre marketing direto e tive a sorte de obter estes novos conhecimentos na mais bem sucedida, mais honesta, mais consistente fonte existente sobre esta arte de envolver as pessoas neste planeta.
Esta feliz união de jornalismo, com marketing direto, com Seleções, com o meu grau de bacharel em direito, e por uma porção de iniciativas educacionais e profissionais determinou o ritmo da vida do casal; nossos ganhos e nossas perdas.
Casamentos com 47 anos de duração, (uma vez que os nubentes continuem vivos...) são a norma, e não a exceção como as pessoas tendem a achar quando falo do nosso número de anos de casados.
Os casamentos rompidos - hoje segundo o IBGE, a minha fonte - um a cada cinco, não constitituem um número assustador.
O que é assustadora é a tendência meio envergonhada de muitas pessoas verem casamentos longos assim como o fruto da falta de imaginação do casal.
Será que estes dois não tem imaginação? Será que são tão cabeças duras que não se permitiram mudar de ideia durante todos estes anos?
Marqueteiramente e jornalisticamente decidi esclarecer esta dúvida e me permiti aqui, sem consultar a Teresinha, oferecer a nossa receita simples para se viver juntos por pelo menos 47 anos:

1. É preciso amar um ao outro e vice-versa de verdade. Embora esta história de amor deva ser a coisa mais difícil de se definir. Amor não é um software comprado numa loja facilmente operado por qualquer um.

2. Amor não é adoração do outro, ao contrário, é feito de profundas discordâncias, discussões acerbas, diferentes pontos de vista, mas tendo por base a disposição cordialmente "democrática" de respeitar o que esteja sendo dito pela outra parte.

3. Evitar, por isto mesmo, que uma noite se passe diante de qualquer discordância (menor ou maior) pois o processo de sucessivas discordâncias adormecidas leva sem muita dificuldade à incompatibilidade pessoal genérica.

4. Incorporar à vida familiar - honestamente, sem ter de demonstrar isto a ninguém - o respeito aos demais habitantes da terra, a começar pelos filhos, parentes, amigos, conhecidos, gente de que gostamos muito e até das pessoas de que não gostamos nada.
Isto dá um sentido de harmonização à vida. Não se pode ser feliz sozinho, como diz a letra da música. Quem discorde por princípio, e quem discorda raivosamente, tem sérios problemas. Não se tem condição de navegar com tranquilidade, pois cada vento, cada onda deixam de ser fatos da vida para se tornarem problemas difíceis de enfrentar todos os dias.
Esta visão conturbada e distorcida de fatos do dia-a-dia gera o stress fatal para a harmonia pessoal e conjugal.

5. A questão sexual não pode, nesta ótica, ser questão sexual. É a oportunidade única e excepcional do casal gozar profundamente a máxima reação animal com a mais sofisticada racionalidade reservada por Deus somente aos exemplares de nossa espécie. Não é de se estranhar que uns espertalhões façam da busca do prazer sexual uma religião, o potencial de seguidores é infinito.

6. Fé religiosa é um outro ingrediente da receita para o casamento prazeroso por 47anos. Teresinha a tem num grau de intimidade que me fascina, que impõe o meu respeito e me inibe de questionar conceitos racionalmente repletos de incoerências que no entanto ensejam aos fiéis a uma coerência amorosa que se irradia por tudo a seu redor. Sempre que seja honesta na sua manifestação.

7. Honestidade é uma palavra complicada também. Os positivistas, um grupo que influenciou tanto a nossa vida de brasileiros a ponto de conseguir colocar o "Ordem e Progresso" na bandeira, tinham outras "verdades" trasmitidas com fervor religioso a seus seguidores. Uma delas é o "viver às claras". Não me parece que seguiam suas regras com muito empenho - havia um grande quebra pau entre os seus seguidores - mas na minha visão de jornalista (observador, neutro, externo) a honestidade no casamento de 47 anos deve ter no "viver às claras" a sua definição.
Fico meio assustado ao me ver agora concordando com estes cidadãos hoje praticamente desaparecidos, pois me veio à cabeça concordar com a sua frase completa resumida na bandeira: O Amor por princípio, a Ordem por meio e o Progresso por fim". Isto faz os casamentos durarem 47 anos.

8. Tivemos durante os nossos 47 anos de casamento momentos de maior riqueza e de grandes dificuldades financeiras, em que a minha culpa operacional poderia invalidar todas as parcerias econômicas essenciais para a preservação do casamento. Mas, acredito eu que a certeza da honorabilidade do que fiz sem necessidade de um convencimento de qualquer espécie assegurou a Teresinha que estávamos agindo bem e que merecíamos o apoio mútuo para superarmos os momentos duros. E o fizemos.

9. A perda do Guilherme depois de Teresinha ter doado a ele um rim, e da sua irmã ter repetido o gesto quando não foi possível a cura foi um choque emocional de proporções inimagináveis. Mas a forma de convivermos com a perda nos fortaleceu como família. Somos muito emocionais, meio infantís até. O que nos arrasou também nos fortaleceu, ao valorizarmos os anos de amor manifestado com tanta naturalidade e profusão entre nós.

10. Tudo vem convergir acho eu no amor às ideias e a busca contínua de novas coisas e atividades a desenvolver. O Roberto, o filho mais jovem, faz isto todos os dias. Vemos nele um fruto do melting pot construído por nós meio ao acaso.A condição humana depurada ao longo de nossos 47 anos de convivência nos leva a buscar , a identificar e valorizar com muito entusiasmo todos os momentos de felicidade desejados por todos. Hoje em especial.


Quero tornar bem claro que enuncio estas dez regras sem qualquer pretensão de vê-las adotadas urbi et orbi como algo melhor do que os conselhos sentimentais, ou astrológicos, ou de qualquer outra espécie oferecidos pelos coleguinhas jornalistas em suas publicações.

Trata-se apenas de uma necessidade de usar este Almanaque do Pio como almanaque mesmo para compartilhar algumas dicas, dentre as quais você leitor talvez possa escolher uma ou outra como válidas para o seu projeto conjugal.

Detalhe, Teresinha não viu este texto e é bem capaz de que brigue comigo por ter eu ousado dizer aqui as coisas que disse...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Inove um pouquinho todos os dias, em um ano você estará com uma vantagem imensa em relação aos concorrentes

Estou me preparando para enviar um e-mail na seguinte linha para um novo prospect:

José, conforme sua autorização prévia para este serviço, esta semana que se inicia agora será excepcional para a sua realização financeira.
Chegou a hora de você trocar o seu carro, o Vectra modelo x com XXXXX quilômetros rodados por uma Zafira, prata com 10 000 km rodados exatamente nas condições que você sempre desejou.
O carro (veja a foto) está no revendedor XX, próximo a sua casa, e o vendedor Joaquim Lemos, já tem em mãos todos os dados para oferecer a você este carro por apenas 9999 reais por mês (total de xx meses) com os seguintes acessórios e componentes.
Ao longo destes últimos meses você buscou estas informações na sua navegação pela Internet e demonstrou todo o interesse em saber como cada um destes ítens funcionava na prática.
No seu banco você tem os recursos necessários para fechar a sua compra até agora acessando ccccc@bbbbb.com ou pelo telefone do Joaquim.


Vou parar por aqui, mas esta apresentação pode e deve ser muito mais fascinante para quem a receba, principalmente porque ela será UM SERVIÇO grátis oferecido por seu provedor.
Pense em alguma oferta e varra a Internet para saber se já poderá criar algum novo negócio. Garanto que vai ser um bom começo