terça-feira, 2 de julho de 2013

A Torre de Babel está aqui e nós vivemos nela !!!

A Torre de Babel chegou e VOCÊ ESTÁ VIVENDO NELA!!!

Nos livros sagrados com um destaque desproporcional para a Bíblia dos cristãos e judeus é possível desvendar toda as origens do que pensamos, do que cremos, do que não cremos com a vantagem da sacralidade.

Você tanto pode ler o que está escrito – como se fosse um simples livro de história – como considerar todo o texto  a expressão da verdade transmitida por Deus, e seus apóstolos, ao longo da história.

Não há no livro sagrado dos judeus e dos cristãos nenhum texto cujo autor reconhecido seja o próprio Deus.

Há citações e mais citações do que Deus disse feitas pelos seus vários intérpretes.

A Bíblia especificamente tornou-se não só  fonte de inspiração e de sabedoria e fonte da maior parte dos conflitos entre seres humanos impelidos pela certeza de cada um estar com a razão garantido pelo que leu e entendeu na Bíblia.
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O mesmo tema, as mesmas páginas, interpretadas por pessoas doutas têm levado os homens a agir de formas radicalmente opostas e a deflagrarem guerras fazendo cada lado o que a Bíblia diz que deviam fazer.

O exemplo mais visível é a questão dos protestantes e católicos cujas idiossincrasias podem ser evidenciadas simplesmente ao ligar os receptores de televisão em praticamente todos os lugares da terra.

CHEGAR AO PORTÃO DE DEUS É UM SONHO DE TODOS OS HOMENS, SEJAM ELES RELIGIOSOS OU NÃO

O primeiro choque que temos em nossa vida ocorre quando adolescentes nos damos conta que a vida tem começo, meio e fim. E ninguém sabe quando o fim pode ocorrer.

Notícias sobre a morte ocupam um bom espaço na mídia, nos filmes, nas narrativas, nos livros,  mas o reconhecimento de que aquelas mortes não são apenas algo que acontece com os “outros” , mas algo que acontecerá com a  gente e com as pessoas com quem convivemos.

Viver é incomparavelmente MELHOR  do que não viver...

Por falta de uma comparação comprovada a mudança de status de vivo para morto ocupa todos os momentos de nossa existência.

Respirar, e fugir a todas as ameaças quanto à supressão de nossa capacidade de respirar,  é a nossa maior vulnerabilidade

Tome-se qualquer indivíduo e segure-se a sua cabeça abaixo d’água por poucos segundos e ele tenderá a confessar tudo que saiba sobre qualquer tema. Uma atitude “covarde” aceita – e repudiada – por todos os humanos habitantes da Terra para obter confissões .

Esta prática é compartilhada pelos mais bárbaros malfeitores e pelos agentes de países exemplares como centros de civilização.

Não se alimentar também leva ao fim da vida em pouco tempo, não beber água em menos tempo ainda. Não dormir deflagra rapidamente o fim da racionalidade, desmontando as melhores cabeças após poucas horas de vigília forçada. Uma pessoa impossibilitada de dormir enlouquece em menos de cinco dias.

Portanto para permanecermos vivos aprendemos a buscar tão antecipadamente quanto seja possível as condições para fugir das ameaças de morte a todo momento.

Começa com o choro para mamar e evolui para os mais sofisticados sistemas operacionais, como este que você consulta agora, para garantir recursos de sobra. Para garantir a sobrevivência e para ajudar outros a sobreviver.


TODO O SUCESSO HUMANO FOI RESULTADO DA TROCA DE INFORMAÇÕES. SOBREVIVE QUEM É CAPAZ DE SE COMUNICAR.

Para assegurar a sobrevivência do grupamento humano as palavras foram essenciais desde o primeiro grunhido. Do convite ao aviso, às ordens e contraordens.

Mais uma vez vamos à Bíblia onde está dito que no princípio foi o verbo.

E o verbo era Deus.

E esta declaração foi registrada muitos séculos antes de existirem livros, bibliotecas, gente capaz de ler e entender o que estava registrado nas escritas primitivas.

O verbo – que pode ser traduzido como palavra, logos e todos os significados relacionados com comunicação – era a palavra falada mesmo.

Os poetas dos tempos de Homero tinham na memória todos os versos da Odisseia, feito de que as pessoas comuns podiam compartilhar, até como um sinal de seu valor individual.

A palavra era tão importante que levou o autor dos textos bíblicos a contar a história de uma torre, erguida na Babilônia que tornou-se um sucesso global há pelo menos uns 5 000 anos: a torre de Babel
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O objetivo da torre – a mais alta que podia ser erguida – era permitir a subida dos homens ao céu para nele cavar um buraco por onde  teriam acesso a Deus.

O povo que a foi construindo tinha a experiência em erguer zigurates , torres não tão altas como a torre em construção , que tinham as mesmas funções: levar os homens a um ponto culminante de onde pudessem ter acesso direto a Deus.

Para erguer algo tão grande como esta torre eram necessários muitos operários de que nenhum lugar do mundo dispunha.

Era preciso trazer de outras partes todos que pudessem trabalhar na construção da torre.

Gente que falava uma infinidade de línguas mutuamente incompreensíveis.

A palavra Bab, significa porta  e o seus sufixo  el significava Deus. Logo Babel  que dizer |Porta de Deus.

Quem subisse pela torre de Babel seria colocado na Porta de Deus e poderia fazer a ele os pedidos diretamente.

Deus, porém, não viu com bons olhos este empreendimento humano e num dado momento decidiu tornar impossível a comunicação entre os homens. E tornou impossível uns entenderem os outros, pois suas línguas foram misturadas.

Numa desrespeitosa análise do que se passou em seguida, tornou-se impossível terminar a construção. E a palavra Babel ganhou seu significado milenar:  dizer-se que instalou-se uma Babel se quer dizer metaforicamente que instalou-se uma confusão de tal ordem que ninguém será capaz de entender o outro.

Uma tragédia de tal ordem que mereceu destaque na Bíblia o mais importante dos textos religiosos criado pelos homens em todos os tempos.

A Bíblia para todos os fins práticos é uma Porta de acesso a Deus.

É a Babel em sua expressão máxima traduzida em milhares de palavras .

CHEGAMOS AO SÉCULO 21 COM O DOMÍNIO DE TODAS AS PALAVRAS EM TODAS AS LÍNGUAS DO MUNDO

«No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Tudo foi feito por ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem ele.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.»
 (João 1:1-4)

Este texto é fascinante e a sua citação só me é possível pelo acesso à Wikipédia a construção humana que mais pode ser relacionada à Torre de Babel em sua concepção original.

Nela estão todas as palavras de todas as línguas numa Babel globalizada e ameaçadora...

Em todas as línguas dos homens, TODAS AS PALAVRAS estão relacionadas a seus significados e ao contexto em que podem ser usadas.

Hoje esta ousadia humana talvez pelos mesmos motivos de há 5000 anos não parece que está sendo bem recebida por Deus.

E Ele, diretamente ou através de quem Ele selecione, nos leva a crer que não vai dar muita corda para quem indo muito além da palavra ousa mergulhar em todas as palavras e por definição do texto acima , ousa passar muito além da Porta de Deus, e decide nadar de braçada na própria essência de Deus.

A mágica de tornar o que uma pessoa fala incompreensível para a outra, para as outras já está sendo amplamente aplicado na prática.

No Brasil as palavras em português mesmo estão sendo usadas para demolir a torre do poder erigido sobre palavras: pessoas convocadas por palavras, disseram as suas palavras e foram entendidas em parte pelos governantes.

Que trataram de buscar as palavras que sabem para contraporem-se ao que foi e é alegado pela população nas ruas.  

O povo nas ruas pediu com cartazes as mais variadas coisas.

Para tangibilizar o problema que tem centenas de demandas proponho aqui uma simplificação : o povo pediu um “ pastel de queijo”, bem feito, servido com higiene e presteza, o governo que se sentiu culpado por não estar oferecendo pastéis de queijo,  está propondo uma pizzaria cujo projeto deverá ser criado pelos queixosos (mesmo os que não foram a rua queixar-se) e todos num plebiscito terão de decidir tudo o que esta pizzaria precisa, desde a cor das paredes... Isto é, se a ideia não cair por terra antes de ser aprovada pelo Legislativo.

Caramba o que foi pedido e continuará sendo pedido pelas palavras do povo nas ruas é um pastel de queijo. O governo responde com um absurdo que busca eximir-se da culpa de não saber fazer um pastel de queijo – sua obrigação – transferindo a responsabilidade para terceiros sobre quem deverá recair a culpa pelos resultados de toda esta incapacidade de entregar um pastel de queijo a quem pede um pastel de queijo.

A TORRE DE BABEL GLOBALIZOU-SE

Palavras , como já vimos, comandam os homens e suas ações desde que foram criadas.

Basta olhar duas simples e novas atribulações aos humanos deflagradas pelo acesso a palavras pelas agências de espionagem norte-americanas denunciadas por um ex-funcionário da CIA. E o que pode acontecer quando  palavras são acessadas por um intérprete que decida explicar como se fazem as mágicas.

Palavras são rabiscos inofensivos em separado que se revelam mais destruidoras do que super bombas nucleares quando combinadas.

Em julho de 2013 o presidente dos Estados Unidos não consegue explicar os motivos de seu país acessar a tudo o que tem sido dito na Torre de Babel das Comunicações sem pedir licença aos envolvidos diretamente em cada mensagem.

A União Europeia sabia disto há alguns anos, e praticava o mesmo tipo de espionagem de palavras,  mas a denúncia pública de que todas as palavras estão sendo monitoradas obrigou a uma reação de repúdio em cada país monitorado.

O Brasil é um dos países cuidadosamente monitorados e se não fosse seria indício de trabalho muito malfeito pelas agências que varrem toda a comunicação em busca de palavras que indiquem perigos para a segurança norte-americana.

Saber mais do que os outros sabem e saber usar as informações coletadas vale milhões de vezes mais do que qualquer ação militar. E qualquer tempo.

A missão do governante é assegurar a sobrevida de seu país, e de seus eleitores , com  largas margens de segurança .

E é exatamente isto que está sendo neste momento buscado pelos Estados Unidos seguindo o moto dos ingleses.

Honni soit qui mal y pense 

Uma expressão francesa que significa Envergonhe-se quem nisto vê malícia, é o lema da Ordem da Jarreteira, comenda britânica criada pelo rei Eduardo III de Inglaterra, no tempo das Cruzadas

E um dos lemas do Reino Unido, estando estampado em seu brasão de armas..
Sua origem foi em 1347, durante um baile, a Condessa de Salisbury, amante do mesmo Eduardo III, perdeu a sua liga, azul. 

O Rei mais que depressa a achou e a recolocou na perna de sua amante sob o olhar e os sorrisos dos nobres.

O Rei grita então (em francês, que era a língua oficial da corte inglesa) "Messieurs, honni soit qui mal y pense! Ceux qui rient en ce moment seront un jour très honorés d'en porter une semblable, car ce ruban sera mis en tel honneur que les railleurs eux-mêmes le rechercheront avec empressement.

(Maldito seja quem pense mal disto! Os que riem nesta hora ficarão um dia honradíssimos por usar uma igual, porque esta liga será posta em tal destaque que mesmo os trocistas a procurarão com avidez).

No dia seguinte criou a ordem da Jarreteira, tendo como símbolo uma liga azul sobre fundo dourado, que ainda hoje é a mais prestigiosa ordem do Reino Unido, tendo somente 25 membros e cujo Grão Mestre é o monarca da Inglaterra.

Quase todos os mais importantes primeiro ministros do Reino Unido dela fazem parte.  
(Esta informação está na Wikepédia)
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Os juizos deflagrados nos nobres pela própria visão do fato, quando o rei recolocou a liga – jarreteira – na Condessa  diante de todos revelando a sua indiscutível intimidade com a sua dona deixou de criar constrangimento entre os nobres E passou a ser a mais alta comenda do reino.

Isto ocorreu há 666 anos!

As palavras estão hoje passando por uma grave crise de entendimento. O que se fala e o que se ouve é  entendido de formas radicalmente contraditórias.

O MOMENTO É MAIS DO QUE ADEQUADO PARA COMPROVAR QUE ESTAMOS COM UM PROBLEMA NA NOSSA RENOVADA TORRE DE BABEL E QUE A ORDEM DA JARRETEIRA NUNCA FOI MAIS ATUAL.

Merecemos nos dedicar a repensar a nossa era da comunicação tão novinha se quisermos manter a nossa sanidade pelos próximos anos.

A nova Torre de Babel é um problema milenar , mas nela também está a solução. Depende de nossa capacidade de buscar o entendimento das palavras que estão zunindo à nossa volta como armas de destruição em massa...