segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O desafio de transformar os melhores alunos nos melhores profissionais...








Meus caminhos pelo Mundo eu mesmo faço...
Gilberto Gil







O Homem é a Medida de Todas as Coisas...

Protágoras, um pouco antes

Eu desde 1974 dou aulas. Fiz isto com prazer, à convite dos que queriam saber o que eu fazia, E me sentia muito bem fazendo aquilo. Afinal era um reconhecimento de alguém do valor das coisas que fazia como profissional.

O resultado deste esforço são milhares de ex-alunos em centenas de lugares.

Na verdade, não comecei como "professor", embora fosse chamado de professor pelos que assistiam as minhas aulas.

Sempre fui um profissional de mercado, dedicado a escrever e criar com o objetivo de convencer os que deparassem com aquela "criação" a fazer alguma coisa.

Não dei aulas continuamente, nem nas mesmas instituições, nem para os mesmos alunos.

Dei aulas para alunos na graduação, para alunos no MBA para participantes de seminários e conferências e hoje tenho uma visão mais clara dos efeitos de minhas aulas na vida dos alunos.

Será que eles obtiveram algum conhecimento que valesse o seu investimento nas salas de aula de minhas matérias?

Será que as minhas "verdades" repetidas nestas décadas permanecem no prazo de validade até hoje?

E para mim, diretamente: Será que os meus melhores alunos se tornaram os melhores profissionais? Teria sido este o objetivo deles ao cursarem as minhas matérias?

Aqui vai a minha resposta que só poderia ser dada após a passagem de muitas decadas:

Meu caminho pelo mundo eu mesmo faço,
a Bahia é que me deu
Régua e Compasso.


Quando mais pensava no que passei ou no que inspirei os alunos mais meus neurônios me faziam ouvir os versos de Gilberto Gil.

A solução - o sucesso - sempre será o trabalho individual, pessoal , íntimo de cada um ou cada uma.

Mas, a Bahia tem de existir para dar a todos a régua e compasso.


Atenção: a régua e o compasso podem ser usados magnificamente pelos alunos enquanto alunos, mas só provarão o seu valor na hora do eu mesmo faço.


Tanto esforço, tanto tempo dando aula para concluir com um versinho de Gilberto Gil!

Para mim já bastava, mas ao escrever este texto me veio à cabeça uma afirmação mais antiga que continua tão verdadeira hoje quanto quando foi formulada:

O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."


Protágoras, um filósofo sofista é o descobridor deste conceito.

Se todos os fatos só são fatos se observados e registrados pelos homens é evidente que o homem tem de ser a medida de todas as coisas.

O bom profissional tende a ser descendente direto do bom aluno.

Mas, há um número infinito de bons profissionais que não passaram pelas escolas formais e um número infinitamente maior de alunos (bons e maus) que não se tornaram nem profissionais, nem muito menos bons profissionais.

Tudo isto, junto e separado, me leva sempre a pensar sobre a responsabilidade de ensinar e inspirar alunos. Sei que não posso ser as fonte de todos os conhecimentos que precisam ter, mas me esforço ao máximo para que tudo o que lhes passo seja bom para os alunos e não possa ser recusado pelos bons profissionais em qualquer ocasião.

Um comentário:

Pio Borges disse...

A Alma Contente do texto do Roberto Pio Borges,neste mesmo blog, justifica o esforço por parte do aluno...