quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Como entrar no “controle remoto da vida” de seus clientes?



Este mês de outubro de 2009 em outras épocas quando aconteciam menos coisas e tudo era muito mais lento corre o risco de ser lembrado como início de uma nova era.

A nova e desafiante era da integração das mídias digitais que já afeta o seu dia-a-dia, mas ainda é vista pela imensa maioria de nós como apenas mais "umas novidades a serem destrinchadas".

Diane Mermigas, editora e colunista do Mediapost e de uma série de publicações dedicadas a explicar a comunicação nos tempos atuais, informou hoje na BNET news, baseada numa pesquisa da Synovate em 11 mercados globais que os smart phones e outros dispositivos móveis estão se tornando os “controles remotos para a vida” de seus usuários.

E ela apóia o que escreve com alguns fatos:

• Três quartos dos pesquisados, incluindo 82% dos norte-americanos, não saem de casa sem seus equipamentos.

• Um quarto dos pesquisados em 11 mercados possuem mais de dois equipamentos móveis. Nos EUA 20% destes possuem smart phones.

• Os usos mais generalizados destes equipamento, além de falar e enviar mensagens de texto, são: despertador, câmera e jogos. Os americanos informam que ainda não sabem usar outros dispositivos nos equipamentos.

• Nos EUA e no Reino Unido o acesso 3G está explodindo devido ao acesso à Internet e às redes sociais.

• As mensagens de texto estão aumentando tanto e ganhando tanta importância que boa parte do relacionamento pessoal, namoro e suas conseqüências estão nascendo do uso dos equipamentos móveis.

Por outro lado o Kindle, da Amazon e o Sony reader ganharam mais espaço no planeta. No dia 7 de outubro o Globo tornou-se o primeiro jornal brasileiro via Kindle no planeta. O Kindle internacional (a pouco mais de R$ 1000,00)tornou-se disponível no Brasil. E se para nós este preço seja ainda é MUITO salgado, há para nós o consolo de que a maior queixa e o maior obstáculo ao um sucesso do e-readers tipo MP 3 é justamente o seu preço.

A Forrester concluiu em uma outra pesquisa nos EUA sobre os custos dos e-readers Kindle e Sony (US$ 489,00 e US$299,00, respectivamente ) que ainda estão demasiadamente elevados.

Daí existir uma grande pressão dos consumidores por smart phones e netbooks de preço mais baixo e que de alguma forma estes equipamentos passem a ter funções semelhantes aos e-readers.

E se existe a demanda não tenho dúvida de que ela será atendida, promovendo a convergência de equipamentos reunindo infinitamente mais informações e interações possíveis em nossas mãos.

E nas mãos dos clientes que precisamos acessar, não mais apenas comunicando o que achamos que devemos comunicar a eles, mas comunicando o que eles quiserem que seja comunicado a eles do jeito escolhido por eles.

Independente destas próximas transformações previstas a venda de e-readers e e-livros, segundo a Forrester, irá crescer em 2009 50% sobre 2008. E as suas vendas vão dobrar a cada dois anos pelo menos.

Isto tudo significa que os usuários vão dedicar muitíssimo mais tempo a seus controles remotos da vida e menos às demais formas de comunicação.

Portanto para não corrermos o risco perdermos o passo da comunicação eficiente, interativa e relevante devemos nos tornar mais eficientes, interativos e relevantes.

E naturalmente antes dos concorrentes...

Um comentário:

Braulio França disse...

O controle nas mãos dos consumidores através das tecnologias digitais é fato e não ficção, mas quem realmente está preparado para atingi-los?

Pertinência e relevância sempre fizeram parte do sucesso de qualquer campanha.

Contudo eu posso dizer que o consumidor que controla a sua vida através de suas máquinas digitais, também será controlado por nós...