segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Será que você faz uma diferença? Tenho a certeza de que isto só depende de você. 2

Este Almanaque é dirigido originalmente a pessoas que compartilham comigo da profissão mais fascinante que um ser humano possa imaginar. Digo isto sem medo de parecer megalomaníaco (pois vou parecer megalomaníaco mesmo...)mas me parece ser esta afirmação a melhor forma de justificar a redação de um texto como este desta forma.

O que me levou a escrevê-lo é justamente a minha contínua obsessão em descobrir o que leva a nossa espécie humana agir, a tomar decisões, a comprar e a vender, a procurar aprender mais para que cada um possa viver de forma prazerosa os anos que tiver pela frente.

Nós, gente de comunicação e de marketing, somos os guardiões, os guias do trânsito para o futuro, levando as multidões que chegam até nós a irem para o futuro pelos caminhos por nós considerados melhores para elas.

Ao comprarem a assinatura da revista que recomendamos – com todos os artifícios que os levam a comprá-la – estamos de fato vendendo a eles mais segurança no futuro deles tal como nós achamos que ele deva ser.

Isto ocorre com todos os produtos e serviços que oferecemos a cada pessoa. Claro que este processo analítico não passa por nossa cabeça a cada novo job como estou escrevendo aqui. Mais de 95 % do que seja racional para justificar o nosso trabalho deriva de pesquisas em relação à maneira como tudo deva ser dito, derivada por sua vez de pesquisas e mais pesquisas sobre desejos e tendências das pessoas a que estamos dirigindo a nossa comunicação.

Não estamos abrindo novos caminhos, nem desbravando mundos novos quando nos dedicamos a convencer estudantes a buscarem seus conhecimentos de inglês no curso a que estamos nos dedicando como profissionais. Estamos identificando uma dentre milhares de trilhas, caminhos, estradas pavimentadas, rotas seguras pela qual ou pelas quais encontraremos as melhores formas para atingirmos os nossos objetivos.

Em paralelo ao esforço contínuo de sobreviver e de preservar a nossa espécie aprendemos a valorizar as informações e dicas que à falta de melhor termo vou chamar aqui de informação de prateleira.


Numa metáfora: para quem precise consertar um automóvel enguiçado não há nada de melhor do que dispor do seu manual, de um estoque de peças bem sortido, das ferramentas para manusear peças defeituosas e trocar pelas novas.

E principalmente do mecânico capacitado a identificar o problema e em seguida ser capaz de fazer o conserto desejado.

Nós todos, independente dos anos na escola, dedicamos todos os dias de nossa vida ao esforço de saber saber, tema que foi abordado num post anterior deste Almanaque.

Quem sabe saber faz o papel do mecânico que ao identificar o que não está funcionando, sabe a causa do problema e sabe o que deve ser feito para resolvê-lo. E tanto ele quanto outro que saiba fazer, resolverá o problema seguindo os procedimentos por ele indicados para que o automóvel volte a rodar como rodava antes de ter enguiçado.

Este processo mecânico que consiste em (1) identificar o defeito, (2) consultar manuais, (3) selecionar as peças, (4) usar as ferramentas e (5) sanar os defeitos nos induz a pensar de que tudo o mais no mundo funcione assim.

Um comercial de televisão apresenta sinteticamente este mesmo conceito como fórmula de resolver problemas. Nos segundos após a apresentação do problema a solução é demonstrada conduzindo o espectador em 30 segundos a considerá-la como a melhor solução para aquele problema: comprar o produto anunciado quando se deparar com ele.

Os problemas humanos, porém são bem mais complexos do que os mecânicos - e se quiser troque os mecânicos por médicos, jurídicos, administrativos e de todas as atividades que por muito se repetirem tendem a gerar muitas e muitas vezes soluções também muito parecidas.

A resolução racional de problemas da mesma forma como são resolvidos os enguiços dos automóveis foi, é e será o objetivo da matemática que dentre todas as atividades humanas é a que mais nos tornou racionais e merecidamente o ponto mais alto da criação.

Na Wikipédia, o verbete sobre matemática que submeto a você, leitor do Almanaque,contem três parágrafos para sua consideração, precedendo à terceira e última parte deste texto:

A matemática, definida pelo redator da Wikipédia, vem (do grego máthēma (μάθημα): ciência, conhecimento, aprendizagem; mathēmatikós (μαθηματικός): apreciador do conhecimento) é a ciência do raciocínio lógico e abstrato.

Ela envolve uma permanente procura da verdade. É rigorosa e precisa e continua permanentemente a modificar-se e a desenvolver-se. Embora para os não matemáticos possa parecer a mais igual e previsível atividade a que alguém possa se dedicar.

Há muito tempo alguns dos melhores seres humanos, alguns dos mais bem preparados sempre se defrontaram com dúvidas como as que encabeçam estes textos e têm buscado uma definição do que seja a matemática.

Nas últimas décadas do século 20 (finalmente) uma definição passou a ter ampla aceitação entre os matemáticos: matemática é a ciência das regularidades (padrões).

Segundo esta definição, o trabalho do matemático consiste em examinar padrões abstratos, tanto reais como imaginários visuais ou mentais. Os matemáticos procuram regularidades nos números, no espaço, na ciência e na imaginação e as teorias matemáticas tentam explicar as relações entre elas.

A matemática enseja aos matemáticos resolverem problemas e os leva (e com eles toda a humanidade) a desejar contar com instrumentos matemáticos para resolverem todos os seus problemas, pois seria inacreditável que uma ciência ao mesmo tempo tão antiga e tão moderna não seja capaz de resolver algum problema. Qualquer problema.

Se um problema não pode ser resolvido matematicamente a culpa não é da matemática. A culpa é de quem não foi capaz de usá-la para resolver o problema...

Vamos a outra pausa para meditação antes da terceira parte deste texto.

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