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sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Viralizar a fama instantânea na busca do pai da criança. Sinal dos tempos?
Karen, uma dinamarquesa que de fato se chama Bitte, de 29 anos, já está chegando a 20mil exibições de seu vídeo no You Tube – em inglês – onde busca o pai de seu filho gerado há um ano e meio quando o “pai” dele visitou Copenhagen e encontrou-se com ela num bar.
Atenção, a dinamarquesa da foto é apenas uma imagem captada via Google e tal como a personagem da história é fictícia!
O vídeo é muito simples. Karen falando diretamente para a câmara transmitindo dentre outras ideias que não era difícil ocorrerem coisas como estas entre visitantes e moças bonitas de sua cidade e como ela sequer podia lembrar de onde ela era, nem seu nome, nem qualquer outra informação relacionada a seu parceiro de poucas horas ela postava o vídeo para procurar o pai da criança.
O “case” passou a ser tema de sites interessados em analisar, até sob o ponto de vista de marketing, o novo comportamento dos jovens. Uns caindo de pau na louquinha e outros levando os leitores a verem tudo como coisa muito normal.
Num destes sites, americano, Get to the point , num post “You Lie” são contados mais detalhes da história inclusive com a identificação de Karen como Bitte, uma atriz dinamarquesa.
Enquanto isto do outro lado do mundo, ou quase, aqui em São Paulo, uma outra moça com um minivestido e formas voluptuosas foi forçada a deixar a sua faculdade de turismo, na Uniban,banida que foi da sala por seus colegas que a chamavam de vagabunda, para dizer o mínimo, pois ela estava demasiadamente atraente sob o ponto de vista sexual.
Nem os rapazes nem as moças podiam conviver com ela no mesmo ambiente sem que alguma coisa mais séria pudesse ser evitada do ponto de vista sexual.
Pelas fotos da paulistana, que não a mostram claramente, mas de perfil com o rosto esfumaçado, ela é bem mais atraente do que a Karen dinamarquesa, e teria todas as condições para obter mais espaço no You Tube com as suas desditas acessadas pelo mundo.
E talvez isto vá ocorrer se já não estiver ocorrendo.
O que nos leva a pensar, como gente de comunicação, como as coisas mudam depressa diante de nossos olhos na nossa sociedade tão aberta.
Enquanto pensava, antes de escrever este texto, me veio numa frase em latim que bem representa estas mudanças chocantes numa sociedade: O tempora o mores.
Que quer dizer “Oh tempos, oh costumes”, ou de forma mais livre: “Oh que novos tempos estes que permitem que novos costumes nos sejam impostos sem que façamos nada a respeito”.
Quem disse isto foi Cícero, que os alunos de direito quando o latim era matéria do vestibular, associam às catilinárias, em que Cícero perguntava ao senador Catilina até quando ele iria abusar da paciência dos romanos com suas desonestidades.
Isto ocorreu mais menos entre os anos 20 e 40 de nossa era.
Quase desisto de escrever este post diante da sua absoluta falta de originalidade, mas decidi escrevê-lo em seguida exatamente pelo mesmo motivo.
Porrada nas moças? Ou elas são apenas sinais do nosso tempo?
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Um comentário:
Pronto, hoje dia 9 de novembro a moça foi expulsa da Uniban.
Continuo achando tudo isto muito estranho.
Qual seria o maior pecado desta moça?
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