Abdul-Jawad, um árabe de 32 anos, divorciado e pai de 4 filhos foi sentenciado a 5 anos de prisão e 1000 chibatadas por ter contado num programa de televisão da Lebanese Broadcasting Corporation (LBC) sua vida sexual antes de seu casamento.
Abdul tinha um conversível vermelho e um telefone celular (olha aí a modernidade) e deu uma entrevista em seu quarto de dormir no programa "in Bold Red", um sucesso de audiência no mundo árabe, ao dizer e mostrar o que fazia com brinquedinhos sexuais e lubrificantes com as moças que conquistava diante de shopping centers via seu celular.
Foi preso em agosto e rapidamenre julgado pelo tribunal integrado por líderes religiosos - algo tão oficial como era a Inquisição dos velhos tempos - que não tiveram dúvidas ao proferirem a sua sentença.
Amigos e o irmão de Abdul comentaram que ele de fato está perdido. Seu conversível vermelho e seu celular foram confiscados, ele foi demitido. Depois de sair da cadeia e ter levado os 1000 açoites "não conseguirá trabalhar nem no governo nem na iniciativa privada por ter sido condenado por indecência moral".
Diante da notícia que me chegou pela Internet, enviada pela Reuters, tive muita pena do Abdul fiz algumas comparações com as nossas grandes queixas no Brasil e também considerei as minhas notas anteriores cheias de otimismo diante de um mundo que se moderniza a cada dia.
Minha conclusão meio óbvia: o Abdul, tal como o passarinho que come pedras, devia saber das consequências de seu ato.
Dizer o que ele disse aos telespectadores da sua região terminaria fatalmente em punição: dois amigos seus que apareceram no programa foram condenados a 300 açoites e... a dois anos de cadeia cada um.
Mas, o que mais me assusta é que o Abdul e amigos moram no nosso mesmo planeta.
Portanto, aqui vai uma recomendação: tenha sempre muito cuidado com o que vai dizer e onde vai dizer.
Nem sempre ser chamado de aloprado é a condenação máxima que alguém leva quando faz besteiras em outros lugares desta nossa Terra.
2 comentários:
Nunca esquecendo que, em Roma, como os romanos
Pio, eu sempre lembro (e uso) de um comentario seu, feito provavelmente quando eu era seu estagiario la na Ogilvy Direct.... ¨Nesse mundo, nao ha o que nao haja¨.......
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