Nos últimos 50 anos a China era vista como um país com população imensa, dividido entre comunistas e nacionalistas. Tinham de um lado o Mao Tse Tung e do outro o Chiankaichek . Um país milenar incrivelmente adepto aos mandarins que dominavam toda a população fosse ela comunista ou nacionalista por que sempre foi assim pelos últimos milhares de anos.
Muito que se podia conhecer sobre a China vinha do livro de Marco Polo e das narrativas jornalísticas do que havia ocorrido por lá durante a segunda guerra.
Mao, comunista mais do que os comunistas da União Soviética, estava botando pra quebrar. havia o livro dos pensamentos dele e ai dos que não soubessem os concelhios do velho chefe..
Lembro de uma matéria no Time ou Newsweek em que a construção de siderúrgicas pequenas e médias espalhadas pela China toda foi vista como sinal de grande sabedoria pelos observadores ocidentais - isto por volta dos anos 60 do século XX .
Em caso de guerra a China não ficaria sem aço se uma grande e úncia usina fosse bombardeada. Todas as demais garantiriam o aço para o seu bilhão de habitantes.
Quem sacou esta política havia sido Mao Tse Tung, portanto era a coisa mais próxima da palavra de Deus.
O mesmo Deus na Terra inventou a Revolução Cultural e fez os intelectuais que se regozijavam de seu saber, de sua arte. de seu bom gosto, de deus bens saírem de suas casas para colherem e plantar nos campos o combustível que fazia a China viver: alimentos.
Foi uma dureza que levou à morte os mais fracos e mais velhos e institucionalizou um tipo de comunismo que privilegiava as ações (e só as ações) e deixava de lado toda a discussão que era privilégio dos partidos comunistas por todo o mundo.
E obrigava todos a trabalhar em condições impensáveis para os mais dedicados comunistas do mundo afora.
Os governos da União Soviética, a fonte teórica, viam a nova China como a ameaça oriental e direta para os seus domínios asiáticos .
A Sibéria imensa e rica era uma terra muito mais oriental do que seria desejável. Se os chineses cismassem de invadi-la as ações para evitar a anexação poderiam resultar numa derrota militar e de uma outra ideológica muitas vezes maior.
Foram feitos acordos e a decisão da China se infiltrar no mundo recebeu o beneplácito de seu grande inimigo capitalista, os Estados Unidos.
Um jogo de ping pong promovido por Henry Kissenger no governo Nixon foi o primeiro passo da nova riqueza chinesa.
Os chineses invadiram os Estados Unidos com um fervor e um apetite que demonstrou como aprenderam como os japoneses fizeram a sua invasão antes e durante a Segunda Guerra.
O número dos qualificados chineses nas Universidades norte americanas sob qualquer ponto de vista caracterizava uma invasão e ocupação de território que tornava os mongóis de Gengis Cã um bando de fedidos, sem noção de nada. Tinham , apenas um exército combativo capaz de tomar qualquer lugar na Terra.
A tomada agora tornou-se outra coisa : nas Universidades norte americanas os chineses invadiram os conhecimentos ocidentais , e imediatamente passaram a criar novos conhecimentos .
À sociedade que segregava os seus próprios negros e era invadida pelos povos hispanos juntou-se
a nova massa de olhos puxados que se tornou a mais fiel representação do que significava o poder.pragmático.
Mas da mesma maneira que os novos chineses afetaram os países, os novos chineses na China afetaram as pessoas que vivem em seus territórios.
A riqueza a que tiveram acesso os mais bem colocados gerou a compra dos imóveis mais caros e sofisticados em Hong Kong e se tornaram na inspiração de todos os novos empreendedores.
Se Mao estivvesse vivo isto seria vetado, mas no comunismo chinês formou-se uma ética em tudo divergente da ética do ocidente.
No ninho chinês está sendo chocado o ovo do século XXI. E o bicho que vai nascer ninguém pode dizer o que será. O que não será é uma versão amarela do poder no mundo nos últimos séculos..
Esqueça o que escreveu Marco Polo, esqueça as mudanças no eixo da economia do mundo com o início da "colonização" européia com navegadores, soldados e padres.
Para início de conversa quando os dirigentes chineses são conforntados com estas dúvidas cuja solução será o seu grande trunfo no domínio vdo mundo parecem sábios adultos em conversa com jovens iletrados dos outros países.
Por exemplo: para falar sobre um determinado tema , de jogos de futebol a descobertas da ciência é preciso que se saiba do que se está falando.
O chinês que instala a dúvida socrática no ocidental em busca de certezas nos próximos anos eles apenas perguntam:
Como se chama o nosso país?
A resposta que ninguém sabe é Zhong Guo.
Mas eles sabem tudo sobre o resto do mundo que está sendo ocupado por eles. Numa chuva no Brasil, os guarda-chuvas chineses - cuja viagem de navio até o Brasil é mais extensa do que uma volta ao mundo - custam uma ninharia que já fechou as fábricas locais e desencorajaram as m Zhong marcas de todos os demais países.
E assim por diante .
Enquanto não soubermos que a China é de fato Zhong Guo vamos nos tornar todos muito mais dependentes deles e da sua maneira de gerir as relações econômicas no mundo.
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