O Malthusianismo é a teoria meio apavorante originada por Malthus de que a população da Terra estava crescendo mais do que a capacidade dos campos produzirem alimentos. E que mais cedo ou mais tarde a fome generalizada iria afetar a toda a população.
Malthus tinha certeza de que enquanto a população crescia geometricamente a capacidade de produzir alimentos, mesmo com a abertura das novas terras da América - ele não citou a África - não haveria condições de alimentar adequadamente as pessoas.
Em consequência disto a humanidade teria de dedicar-se a guerras intensas, a contar com epidemias descontroladas para manter viva e sadia a "tripulação" da nave terra.
Propunha dentre outras coisas que o casamento fosse adiado, que o número de filhos fosse limitado, enfim que o estado interferisse rapidamente na vida dos cidadão sob pena de tudo ir para o vinagre.
Detalhe muito importante: Malthus disse isto tudo em 1798!
O Malthusianismo foi o meu primeiro susto em relação a meu futuro quando jovem.
Depois, o crescimento do mundo e do Brasil ao longo do século 20 tornaram Malthus um bicho papão menor, pois, dentre outras coisas, os defensivos agrícolas asseguraram um crescimento também geométrico na produção de grãos.
A Índia, por exemplo, que convivia nos anos 40 com a fome registrada nos "jornais cinematográficos", antes da televisão graças a coisas simples e danosas ao meio ambiente como o DDT tornou-se exportadora de grãos.
No Brasil gigantesco cujas terras ainda têm o potencial de produzir alimentos para nós todos e para o mundo, o Malthusianismo deixou as manchetes.
O Malthusianismo Ganhou outra cara, muito mais apavorante
A mesma ciência que tornou os campos mais férteis e pelos mesmos motivos tornou a população mais idosa.
E toda a matemática para assegurar o sustento dos mais velhos através de mecanismos de previdência social (tenha o nome que tenha nos vários países) está diante de uma agonia anunciada.
Na Europa, em que o índice de natalidade já é negativc - nascem menos pessoas a cada ano para substituir os vivos - não há condições mais de se ter 4 trabalhadores ativos pagando a algum órgão governamenntal para garantir o pagamento mensal para um aposentado.
Quatro em atividade pagam para um aposentado poder viver.
Todo este caos europeu - evidenciado na Grécia e espalhado na França, Inglaterra, Itália, Espanha, Portugal e qualquer país que lá faça as suas contas vai se tornar mais intenso nos próximos anos.
Daí o alerta deste post. Imagine vir a ser escolhido presidente ou dirigente de país em meio a esta confusão crescente?
Não vejo mais espaço para demagogias eleitoreiras em qualquer parte do mundo. O Brasil que está - independente de quem o governe - muito melhor do que 90% do resto do mundo não pode assegurar esta vantagem por muito tempo diante de um mundo carente e famélico.
Portanto temos de dar muito mais atenção a estes problemnas do que temos dado até aqui.
E quem tem de fazer isto somos todos nós, levando aos eleitos a pensar seriamente neste problema.
A teoria de que no fim tudo dá certo, e se não seu certo é porque não chegou ao fim, vai ter de ser reestudada e não só pelos nossos dirigentes, mas por eles em sintonia com todos os outros do mundo, e depressa.
3 comentários:
Se todos quisermos assumir a responsabilidade que nos toca, tudo, tudo seria diferente.
bjs
Hoje no O Globo o artigo da Miriam Leitão, O Bom do Abacaxi, aborda numa visão brasileira, repleta de números, os comentários feitos por mim neste "O Maior Desafio..."
O que ficou evidenciado no artigo da Miriam é que o problema europeu - tema inicial de meu post - já está instalado no Brasil.
E como sempre a tendência dos governantes é de fugir a ele.
Por favor leia o artigo e depois comente.
Os planos de previdência privada não param de crescer pelo colapso eminente da previdência pública...o lucro gerado é tão grande que os bancos farão de tudo para que o governo não tome medidas...dinheiro e poder na mão de alguns fazem a diferença...
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