Todo o processo de comunicação de marketing, sem que possa parecer megalomaníaco aos que não o usam - é a meu ver o ponto máximo na capacidade do ser humano comunicar as suas idéias.
No momento em que pesquiso material para preparar um livro sobre as qualidades necessárias para o comunicador de marketing hoje, voltei a me interessar pelo ensino nos séculos que nos antecederam e o efeito destes conhecimentos para nós no século 21
Na Idade Média - apontada por vezes como os anos negros da cultura - as universidades européias começaram a surgir. As aulas eram em latim, pois nesta época era impessável usar outras línguas regionais que sequer eram organizadas como línguas. Eram muito mais dialetos derivados do latim em que os habitantes de cada região usavam as palavras por eles preferidas para dizer o que queriam dizer, sem ter muita preocupação de serem corretamente entendidos.
Para ser corretamente entendidos tinham de usar o latim, que valia para todos.
Em latim as universidades repassavam a seus alunos as 7 artes do homem. Daí o título ainda vigente em países europeus e na América do Norte de bacharel em artes, ou BA.
Não confundir com o MBA em que as letras referem-se a Master em Business Administration. Naturalmente um título precedido pelo BA.
Para obter nas universidades da Idade Média o título de bacharel o aluno precisava ser aprovado nas 7 artes.
Três artes preparatórias, Gramática, Lógica e Retórica.
Os aprovados nestas primeiras três artes - a Trívia - podiam seguir o curso nas quatro próximas matérias - Quadrívia - Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
Como professor universitário hoje não tenho dúvidas em afirmar que nenhum de meus alunos ao longo de algumas dezenas de anos de ensino seria capaz (sem se dedicar ao estudo intenso das matérias) ser aprovado na Trívia. A Trívia não trata de assuntos que sejam automaticamente dominados pelos estudantes de hoje.
Pelos melhores estudantes de hoje, para ser mais enfático.
E também não tenho dúvidas em afirmar que a Quadrívia reprovaria sem exceções qualquer aluno que ousasse prestar exames apenas com os conhecimentos adquiridos nos seus colégios e nas escolas superiores que tenham cursado.
Dependendo do curso superior de cada um, poderiam obter aprovação numa das matérias, nas quatro é que seria difícil.
E no entanto, podemos constatar, hoje há muito mais conhecimento descoberto e usado do que há 500 ou mais anos atrás.
A diferença mais significativa nos anos que se seguiram ao estudo da Trívia e da Quadrivia foi o uso prático do que era aprendido como um conhecimento acadêmico. Foi a utilização prática do conhecimento que deu a eles o maior valor.
Antes de falar na quadrivia e suas implicações no marketing vamos dar uma olhada no que estava por trás das três artes da Trívia:
A Lógica tratava das coisas como são conhecidas. Sem interpretações, sem possíveis distorções, pois se propunha estudar as coisas tal como elas eram.
A Gramática se dedica a como simbolizar as coisas estudadas na Lógica. Já que algo existe e é verdade torna-se necessário simbolizá-la com palavras para que todos possam também entendê-las.
A Retórica junta às duas primeiras matérias algo extremamente sofisticado intelectualmente : a retórica é a coisa como é c o m u n i c a d a.
Antes de serem promovidos à quadrívia os nossos antepassados universitários precisavam saber o que eram as coisas, como estas coisas deviam ser simbolizadas e como deveriam ser comunicadas.
Em termos de marketing atual temos o produto, o briefing para desenvolver a campanha, e a capacidade criativa de tornar esta combinação em algum tipo de mensagem que levasse outras pessoas a se solidarizarem com o que era comunicado.
Volto ao tema num próximo blog relacionando o composto da quadrívia.
Doses diárias de informações sobre comunicação, marketing direto, coisas que nos fazem agir, mudar de opinião e muito mais se você participar
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Sem desculpas de que ninguém ouve suas idéias
O Google, todo um novo negócio evoluido de idéias que se tornaram realidades (realidades virtuais, mas realidades de qualquer forma) abriu esta semana a maior oportunidade para que todos nós sejamos ouvidos em relação a nossas melhores idéias.
Basta você clicar agora no http://www.project10tothe100.com/intl/PT_BR/index.html e saberá em detalhes como submeter idéias que poderão fazer diferença em termos de ações sociais.
Quem julgará as idéias serão as pessoas que acessarem o site e será exclusivamente através da votação é que as 5 melhores idéias receberão os recursos para serem executadas.
Muito mais do que escolher as melhores idéias, esta proposta do Google nos permitirá saber exatamente o que incomoda a população deste planeta. E como o que perturba a cada um será capaz de entusiasmar outras mihares de pessoas para resolver o problema considerado.
Vou revirar as minhas lembranças e referências para fazer também as minhas sugestões.
Isto tem relação com aquelas histórias de libertar jum gênio da lâmpada e ele agradecido perguntar quais são os seus três pedidos para que ele atenda.
A diferença aqui é que o gênio da lâmpada do Google é democrático. E concederá 5 pedidos, por votação direta.
]
Basta você clicar agora no http://www.project10tothe100.com/intl/PT_BR/index.html e saberá em detalhes como submeter idéias que poderão fazer diferença em termos de ações sociais.
Quem julgará as idéias serão as pessoas que acessarem o site e será exclusivamente através da votação é que as 5 melhores idéias receberão os recursos para serem executadas.
Muito mais do que escolher as melhores idéias, esta proposta do Google nos permitirá saber exatamente o que incomoda a população deste planeta. E como o que perturba a cada um será capaz de entusiasmar outras mihares de pessoas para resolver o problema considerado.
Vou revirar as minhas lembranças e referências para fazer também as minhas sugestões.
Isto tem relação com aquelas histórias de libertar jum gênio da lâmpada e ele agradecido perguntar quais são os seus três pedidos para que ele atenda.
A diferença aqui é que o gênio da lâmpada do Google é democrático. E concederá 5 pedidos, por votação direta.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Mais dos shoppings como templos
Cada vez constato mais evidências da transmigração do culto aos deuses e semi-deuses gregos para o ambiente dos modernos shoppings centers.
Tudo que a fé e a esperança poderiam dar a quem buscava mediante sacrifícios obter dos habitantes do Olimpo é consitentemente bsucado hoje pelos frequentadores dos shoppings diariamente em todo o mundo.
Shoppings começaram apenas como edificações onde se juntavam lojas diversas. Evoluiram ao buscar lojas âncoras - grandes templos de grandes deuses poderosos - para obter o interesse de mais fiéis . Estas âncoras comprovodamente beneficiaram todas as demais lojas, mesmo as que se dedicam a vender algum tipo de mercadoria também oferecida nas lojas âncora.
As praças de alimentação, de bebidas, da higidez física (academias, consultórios, laboratórios) juntaram-se e tornaram os melhores shoppings locais onde é possível alcançar mais graças tangíeveis do que as obtidas de imediato em qualquer outro local bento da Terra.
Como lição de marketing apenas um lembrete. Shoppings não são locais onde os clientes e possíveis clientes vão para comprar produtos. Boa parte vai lá para cumprir uma demanda religiosa que há mais de 2000 anos comanda as suas atitudes aparentemente lógicas diante do mundo.
Tudo que a fé e a esperança poderiam dar a quem buscava mediante sacrifícios obter dos habitantes do Olimpo é consitentemente bsucado hoje pelos frequentadores dos shoppings diariamente em todo o mundo.
Shoppings começaram apenas como edificações onde se juntavam lojas diversas. Evoluiram ao buscar lojas âncoras - grandes templos de grandes deuses poderosos - para obter o interesse de mais fiéis . Estas âncoras comprovodamente beneficiaram todas as demais lojas, mesmo as que se dedicam a vender algum tipo de mercadoria também oferecida nas lojas âncora.
As praças de alimentação, de bebidas, da higidez física (academias, consultórios, laboratórios) juntaram-se e tornaram os melhores shoppings locais onde é possível alcançar mais graças tangíeveis do que as obtidas de imediato em qualquer outro local bento da Terra.
Como lição de marketing apenas um lembrete. Shoppings não são locais onde os clientes e possíveis clientes vão para comprar produtos. Boa parte vai lá para cumprir uma demanda religiosa que há mais de 2000 anos comanda as suas atitudes aparentemente lógicas diante do mundo.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Dos deuses gregos aos shopping centers de hoje
Sem que você precise ser um especialista em Grécia antiga e nos deuses inspiradores de tantos belos templos com certeza sabe como os gregos tinham deuses especializados em todas as atividades humanas.
Penates, por exemplo, era o deus especializado nas coisas do lar, Poseidon nas coisas relacionadas aos mares, Afrodite no amor, e se você consultar a wikepedia vai encontrar deuses numa quantidade tal que possivelmente os corredores do Olimpo ficavam engarrafados a qualquer hora do dia.
De certa forma, sem qualquer intenção de desrespeitar o Olimpo, uma atitude destemerada, podemos cogitar hoje se foram os deuses que criaram todos os gregos ou se foram os gregos que criaram seus deuses na medida das necessidades de proteção para cada uma de suas atividades.
Nunca um grego do Vº século a.C se surpreenderia desprotegido por falta de um deus capacitado a lhe dar cobertura diante do problema.
Os gregos antigos em poucos séculos, além de terem criado os seus deuses, demonstraram a sua inteligência e obtiveram o respeito de todas as gerações que os sucederam. Toda a filosofia nasceu ou derivou de um pensamento surgido ali e naquela época em primeiro lugar.
Os templos e a pluraridade de deuses - o politeismo - deixaram de existir. Mas ao que tudo indica a necessidade de relacionarmo-nos com estes deuses nunca deixou de ser uma presença dominante na vida e no inconsciente dos homens.
A igreja católica - na tradição originada de nossos primos judeus - reconhece um só Deus e fez desta decisão algo tão definitivo que não foram poucos os descrentes incinerados em fogueiras por questionar este fato. Isto no tempo em que heresias assim tinham consequências terríveis para os condenados por praticá-las.
Mas, mesmo nestes rempos rígidos, os cristãos recorreram a "genéricos" dos deuses gregos ao buscarem a proeteção de santos, devidamente reconhecidos pela igreja, para atender suas necessidades pessoais.
Claro que Deus - em especial o Deus dos católicos - está sempre presente. Mas, para atender necessidades menos pomposas, não há nada como a fé nos santos especializados.
Santo Antonio, para os casamentos, Santa Edwiges, para as dívidas, São Cristóvão para os motoristas, Santa Clara para os meios de comunicação e assim vai, pois no calendário há mais santos do que dias em cada ano.
Igrejas em substituição aos templos gregos antigos também são dedicadas aos santos e a dela ocorrem multidões, como no caso de São Jorge, que além de ser cultuado como um guerreiro no Brasil, é o santo oficial da Inglaterra, anglicana.
Mas há bastante tempo não eram construídos os Parthenons - os grandes edifícios em que se cultuava todos os deuses gregos de uma forma ou de outra.
Nestes grandes templos uma das formas mais diretas de demonstrar respeito, devoção ou agradecimento pela graça alcançada era o sacrifício. Que podia ser material, bens oferecidos aos sacerdotes, morte de animais, e até de pessoas em situações extremas.
A necessidade de comparecer a lugares imponentes, neles cultuarmos deidades específicas hoje se realiza - de forma ainda mais imponente nos shopping centers.
Pense um pouco.
Volto ao assunto em breve.
Penates, por exemplo, era o deus especializado nas coisas do lar, Poseidon nas coisas relacionadas aos mares, Afrodite no amor, e se você consultar a wikepedia vai encontrar deuses numa quantidade tal que possivelmente os corredores do Olimpo ficavam engarrafados a qualquer hora do dia.
De certa forma, sem qualquer intenção de desrespeitar o Olimpo, uma atitude destemerada, podemos cogitar hoje se foram os deuses que criaram todos os gregos ou se foram os gregos que criaram seus deuses na medida das necessidades de proteção para cada uma de suas atividades.
Nunca um grego do Vº século a.C se surpreenderia desprotegido por falta de um deus capacitado a lhe dar cobertura diante do problema.
Os gregos antigos em poucos séculos, além de terem criado os seus deuses, demonstraram a sua inteligência e obtiveram o respeito de todas as gerações que os sucederam. Toda a filosofia nasceu ou derivou de um pensamento surgido ali e naquela época em primeiro lugar.
Os templos e a pluraridade de deuses - o politeismo - deixaram de existir. Mas ao que tudo indica a necessidade de relacionarmo-nos com estes deuses nunca deixou de ser uma presença dominante na vida e no inconsciente dos homens.
A igreja católica - na tradição originada de nossos primos judeus - reconhece um só Deus e fez desta decisão algo tão definitivo que não foram poucos os descrentes incinerados em fogueiras por questionar este fato. Isto no tempo em que heresias assim tinham consequências terríveis para os condenados por praticá-las.
Mas, mesmo nestes rempos rígidos, os cristãos recorreram a "genéricos" dos deuses gregos ao buscarem a proeteção de santos, devidamente reconhecidos pela igreja, para atender suas necessidades pessoais.
Claro que Deus - em especial o Deus dos católicos - está sempre presente. Mas, para atender necessidades menos pomposas, não há nada como a fé nos santos especializados.
Santo Antonio, para os casamentos, Santa Edwiges, para as dívidas, São Cristóvão para os motoristas, Santa Clara para os meios de comunicação e assim vai, pois no calendário há mais santos do que dias em cada ano.
Igrejas em substituição aos templos gregos antigos também são dedicadas aos santos e a dela ocorrem multidões, como no caso de São Jorge, que além de ser cultuado como um guerreiro no Brasil, é o santo oficial da Inglaterra, anglicana.
Mas há bastante tempo não eram construídos os Parthenons - os grandes edifícios em que se cultuava todos os deuses gregos de uma forma ou de outra.
Nestes grandes templos uma das formas mais diretas de demonstrar respeito, devoção ou agradecimento pela graça alcançada era o sacrifício. Que podia ser material, bens oferecidos aos sacerdotes, morte de animais, e até de pessoas em situações extremas.
A necessidade de comparecer a lugares imponentes, neles cultuarmos deidades específicas hoje se realiza - de forma ainda mais imponente nos shopping centers.
Pense um pouco.
Volto ao assunto em breve.
Interatividade ou nada...
Quando foi popularizada a televisão nos anos 50 havia muitos que diziam ter chegado o fim do rádio,o fim do cinema, o fim do teatro. Nada disto aconteceu, mas o rádio, o cinema e o teatro mudaram bastante ao longo destes 60 anos.
Com a Internet novamente os oráculos do futuro simplificado - onde a catástrofe sempre atrai mais atenção do que a evolução harmoniosa - antecipavam o fim da comunicação tal como era e ainda é feita na maior parte das vezes.
Não se precisa ser "oráculo do bem" para dizer com certeza que no futuro :
nº 1 as modificações derivadas da comunicação on line vão mudar a forma de nos comunicarmos e
nº2 o resto do mundo não vai acabar, vai modificar-se da mesma forma como se modificaram o teatro, o cinema e o rádio com o sucesso da televisão.
Ora, para dizer isto para que usar o blog?
Para informar aos leitores que quem resistir às mudanças na área virtual - e portanto, quem não está já adiantado nesta área - vai ter pouco a fazer em comunicação nos próximos anos.
Três conselhos. Aquilo que Tales de Mileto já considerava a coisa mais fácil do mundo há 2600 anos.
1. Procure com o empenho de um garimpeiro em busca de pepitas de ouro os parceiros mais confiáveis para desenvolver esta sua nova face.
2. Mesmo que você não tenha aprendido TUDO sobre o tema, trate de fazer alguma coisa, JÁ. Não há o que não possa ser aprendido e modificado rapidamente, pois os custos de "estar no ar" são infinitamente menores do que os que você incorria ao utilizar-se das mídias tradicionais.
3.Trate de ser SURPREENDENTEMENTE RELEVANTE no que for fazer.
Com a Internet novamente os oráculos do futuro simplificado - onde a catástrofe sempre atrai mais atenção do que a evolução harmoniosa - antecipavam o fim da comunicação tal como era e ainda é feita na maior parte das vezes.
Não se precisa ser "oráculo do bem" para dizer com certeza que no futuro :
nº 1 as modificações derivadas da comunicação on line vão mudar a forma de nos comunicarmos e
nº2 o resto do mundo não vai acabar, vai modificar-se da mesma forma como se modificaram o teatro, o cinema e o rádio com o sucesso da televisão.
Ora, para dizer isto para que usar o blog?
Para informar aos leitores que quem resistir às mudanças na área virtual - e portanto, quem não está já adiantado nesta área - vai ter pouco a fazer em comunicação nos próximos anos.
Três conselhos. Aquilo que Tales de Mileto já considerava a coisa mais fácil do mundo há 2600 anos.
1. Procure com o empenho de um garimpeiro em busca de pepitas de ouro os parceiros mais confiáveis para desenvolver esta sua nova face.
2. Mesmo que você não tenha aprendido TUDO sobre o tema, trate de fazer alguma coisa, JÁ. Não há o que não possa ser aprendido e modificado rapidamente, pois os custos de "estar no ar" são infinitamente menores do que os que você incorria ao utilizar-se das mídias tradicionais.
3.Trate de ser SURPREENDENTEMENTE RELEVANTE no que for fazer.
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terça-feira, 8 de julho de 2008
O que afinal seria fit to print?
O slogan do NYT era All news fit to print. Ou seja, tudo que vale a pena imprimir.
A decisão do que deve ser divulgado é do editor, algo que vem de lá da mesa dele para cá, para o jornal impresso todos os dias.Um caminho de uma só mão.
Num blog como este Almanaque em seus primeiros passos percebo nos comentários de pessoas mais próximas como o Railer (colega na pós graduação da ESPM), no Roberto (amigo desde o dia em que nasceu, meu filho), na Priscila (colega da R.EPENSE e também jornalista de primeira) que há muito a descobrir.
O fit to print é apenas o primeiro passo, dado por mim. A função destes artiguetes é remexer as idéias, colocá-las em debate não como um exercício teórico, mas como parte do processo de reposicionamento a que todos estamos sendo chamados.
Cursos, seminários, conferências, e até livros têm tido sucesso.
Recebo convites para as mais diversas novas atualizações - basicamente pela Internet mas também pelo Correio (antes da greve naturalmente).
As religiões - todas - só sairam do plano das idéias e se tornaram poderosas quando exigiam sacrifícios de seus seguidores.Desde jejuns, a duros retiros, até mortificações para depurar as mentes e as almas de seus seguidores. Na base do que arde, cura.
Arnold Toynbee em seu Um Estudo da História concluiu, entre milhares de outras descobertas sobre a humanindade, que as civilizações (acho que umas 20 que surgiram, alcançaram o seu apogeu e feneceram) todas elas só se constituiram devido à existência de um desafio, traduzido por repto a que aquele povo deu uma resposta, a réplica. Bem sucedida fazendo surgir os romanos, egípcios, gregos, aztecas, etc.
Numa supersimplificação se um povo não se depara com um problema não tem soluções criativas para quaisquer outros e não evolui. O que de maneira meio politicamente incorreta, se deu com milhares de povos indígenas nas Américas, África e Oceania em que as condições da natureza tornariam até absurda qualquer proposição para tornar a vida mais atribulada.
Estes povos dedicaram-se a seu único repto disponível; a guerra contra as tribos vizinhas que também dedicaram-se às guerras contra eles, mas não criaram civilizações capazes de se defrontarem com ocidentais que se invadiram as suas terras e os dominaram, ou os estinguiram.
No caso deste blog conto com os participantes para tornar os mini reptos aqui postados na oportunidade de réplicas.
Conto com os "sacrifícios" mentais e intelectuais de todos em benefício de nossa nova civilização.
Não existe espaço mais livre, mais livre até que a ágora dos gregos onde todos podiam falar e ser ouvidos, algo tomado como exemplo vivo do que veio a ser a democracia.
Mas lá só podiam falar os cidadãos atenienses, escravos só podiam ouvir...
Lembro de um cartoon do New Yorker em que um cachorro fala para outro cachorro diante do computador em que o primeiro cachorro está digitando;
- Você sabe. Aqui eles não sabem que eu sou um cachorro...
Eu como o cachorro inicial deste blog gostaria de que os nossos latidos fossem mais altos.
A decisão do que deve ser divulgado é do editor, algo que vem de lá da mesa dele para cá, para o jornal impresso todos os dias.Um caminho de uma só mão.
Num blog como este Almanaque em seus primeiros passos percebo nos comentários de pessoas mais próximas como o Railer (colega na pós graduação da ESPM), no Roberto (amigo desde o dia em que nasceu, meu filho), na Priscila (colega da R.EPENSE e também jornalista de primeira) que há muito a descobrir.
O fit to print é apenas o primeiro passo, dado por mim. A função destes artiguetes é remexer as idéias, colocá-las em debate não como um exercício teórico, mas como parte do processo de reposicionamento a que todos estamos sendo chamados.
Cursos, seminários, conferências, e até livros têm tido sucesso.
Recebo convites para as mais diversas novas atualizações - basicamente pela Internet mas também pelo Correio (antes da greve naturalmente).
As religiões - todas - só sairam do plano das idéias e se tornaram poderosas quando exigiam sacrifícios de seus seguidores.Desde jejuns, a duros retiros, até mortificações para depurar as mentes e as almas de seus seguidores. Na base do que arde, cura.
Arnold Toynbee em seu Um Estudo da História concluiu, entre milhares de outras descobertas sobre a humanindade, que as civilizações (acho que umas 20 que surgiram, alcançaram o seu apogeu e feneceram) todas elas só se constituiram devido à existência de um desafio, traduzido por repto a que aquele povo deu uma resposta, a réplica. Bem sucedida fazendo surgir os romanos, egípcios, gregos, aztecas, etc.
Numa supersimplificação se um povo não se depara com um problema não tem soluções criativas para quaisquer outros e não evolui. O que de maneira meio politicamente incorreta, se deu com milhares de povos indígenas nas Américas, África e Oceania em que as condições da natureza tornariam até absurda qualquer proposição para tornar a vida mais atribulada.
Estes povos dedicaram-se a seu único repto disponível; a guerra contra as tribos vizinhas que também dedicaram-se às guerras contra eles, mas não criaram civilizações capazes de se defrontarem com ocidentais que se invadiram as suas terras e os dominaram, ou os estinguiram.
No caso deste blog conto com os participantes para tornar os mini reptos aqui postados na oportunidade de réplicas.
Conto com os "sacrifícios" mentais e intelectuais de todos em benefício de nossa nova civilização.
Não existe espaço mais livre, mais livre até que a ágora dos gregos onde todos podiam falar e ser ouvidos, algo tomado como exemplo vivo do que veio a ser a democracia.
Mas lá só podiam falar os cidadãos atenienses, escravos só podiam ouvir...
Lembro de um cartoon do New Yorker em que um cachorro fala para outro cachorro diante do computador em que o primeiro cachorro está digitando;
- Você sabe. Aqui eles não sabem que eu sou um cachorro...
Eu como o cachorro inicial deste blog gostaria de que os nossos latidos fossem mais altos.
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terça-feira, 1 de julho de 2008
Os cães ladram...a caravana passa
Estou percebendo um renascimento do interesse em fazer, criar e enviar malas diretas nesta era da Internet.
O que acontecia e continua acontecendo é que há (talvez por um bom tempo) um número muito maior de respostas decorrentes de malas diretas do que de e-mails.
O problema é que para obter respostas em malas diretas é preciso ser muito mais seletivo quanto às listas do que quando se conduz a mesma campanha por e-mails.
Antes de mais nada é preciso saber com a máxima precisão quem são os seus melhores clientes.
E, de maneira bem simples, enviar as malas diretas que atendam aos interesses deles, e de outras pessoas - não clientes - que tenham perfis mais semelhantes ao de seus melhores clientes.
Ou seja para fazer o bê-á-bá do marketing direto usando malas diretas é preciso saber o alfabeto todo de A a Z da profissão.
Mas quem sabe - vide os casos de Seleções, do CompraFácil - sempre tenderá a se dar melhor, inclusive sendo muito mais competente no mundo virtual.
Eles continuam com as suas malas diretas com respostas acima de dois dígitos enquanto muita gente se integra à matilha dos cães que ladram, enquanto a caravana passa...
O que acontecia e continua acontecendo é que há (talvez por um bom tempo) um número muito maior de respostas decorrentes de malas diretas do que de e-mails.
O problema é que para obter respostas em malas diretas é preciso ser muito mais seletivo quanto às listas do que quando se conduz a mesma campanha por e-mails.
Antes de mais nada é preciso saber com a máxima precisão quem são os seus melhores clientes.
E, de maneira bem simples, enviar as malas diretas que atendam aos interesses deles, e de outras pessoas - não clientes - que tenham perfis mais semelhantes ao de seus melhores clientes.
Ou seja para fazer o bê-á-bá do marketing direto usando malas diretas é preciso saber o alfabeto todo de A a Z da profissão.
Mas quem sabe - vide os casos de Seleções, do CompraFácil - sempre tenderá a se dar melhor, inclusive sendo muito mais competente no mundo virtual.
Eles continuam com as suas malas diretas com respostas acima de dois dígitos enquanto muita gente se integra à matilha dos cães que ladram, enquanto a caravana passa...
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